everyday is (almost) like sunday, as morrissey says

porque ontem eu nem precisei acordar cedo! rs. teve minha segunda experiência com o nosso buggy amarelinho, que é todo um personagem à parte. e teve planasub, que eu ainda não tinha feito, e que é uma coisa assim: um barco puxa algumas pranchinhas. a gente segura na prancha e, de snorkel, não precisa nem nadar pra ver o fundo do mar. além disso, como prancha é controlável, dá pra mergulhar até a 12 metros de profundidade. uma delícia, simplesmente! nadei com as sardinhas, encostei sem querer num budião (que são os peixes mais dóceis daqui, eu acho), vi milhares de peixinhos e peixões, incontáveis arraias, e uma parte do mar onde o emerson ainda não tinha me levado que parece um jardim submerso. lindas, as plantas todas parecendo balançar ao vento (que na verdade são as águas). senti falta do guia dodói. rs. tou tão acostumada a mergulhar com ele, e a comentar depois as coisas que a gente viu, e a poder perguntar os nomes dos peixes todos, que fiquei com saudade, ó só! preciso lembrar de comentar com ele, porque sei que ele vai ficar tooodo contente ao saber disso! hahahahaha. ele sempre fala que o meu mar não é o mesmo sem ele por perto, tão modesto o meu guia favorito! o mar ontem estava manso (coisa rara pra essa época que começa agora), o que é perfeito pra fazer o planasub. adoreeeeei o passeio, adorei, adorei! acho que agora só falta fazer a cavalgada!

voltamos pra pousada, o amarelinho e eu, ele me dando todos os trabalhos imagináveis. ah, amarelinho... como é que eu faço pra te conquistar, hein? a impressão que dá é que os nossos buggies estão muito maltratados, precisando de cuidados com urgência. providenciarei! e teve almoço, e teve siesta, e teve filme. aliás, dois filmes, um no sábado à tarde (visto em meio ao plantão) e outro ontem. apocalypto, do mel gybson, que é um filme ok, e um cujo nome não lembro mais, com o nick nolte, cuja idéia é ótima, mas cuja execução deixa montes a desejar. e depois do filme, com o sol mais suportável, teve o sueste. banho de areia, banho de mar, nadar, nadar, que nem eu gosto. nunca vi o sueste tão cheio -- montes de gentes da ilha! até o nosso segurança, o flavinho, estava lá! e claro que quando eu digo cheio, eu quero dizer que tinha assim umas 20 pessoas na praia. não mais. afinal de contas, o normal aqui são as praias estarem quase desertas, né? :-)

e no mês das flores (minha primavera aconteceu pra valer em outubro, vejam só), teve flores mais flores. quinze flores de tecido de uma hóspede com loja na oscar freire. flores verdes, pra enfeitar a minha vida e a pousada, diz ela, que é linda como a ana paula arósio. e depois teve hibiscos, que dão aos montes na ilha, presentinho de um fã nada secreto. que você vê, as pessoas daqui não podem saber que tou solteira. elas não entendem que falta de cultura me repele, ao invés de atrair. e nunca jamais em toda a sua vida conseguem conceber que eu resista aos charmes dos caras todos. que eu prefira estar só. hahahahaha! quanto tempo, será, demora pras pessoas se tocarem dessas coisas? aqueles que trabalham comigo já sabem, pelo menos. rs. e as flores... como me encantar com flores que vêm depois das que já provocam todo o encantamento que existe em mim? é. assim. flores que não morrem, você vê. que me dão bom dia todas as manhãs. que quase cantam e assim certamente encantam.

voltei contente pra casa, trazendo pedacinhos do mar comigo. tomei aquele banho e fui pro computer, em teoria pra trabalhar. hora de fazer todo o plano orçamentário do ano que vem, sabe como é? ai. todos os chutes do mundo, agora. porque eu ainda não vivi metade do ano aqui, e posso até chutar números conscientemente (porque depois de anos e anos fazendo orçamentos acertados pro eldorado, prática é o que não falta), mas... pra acertar mesmo é preciso conhecer e viver a realidade das coisas pelo menos uma vez. e eu gosto tanto de acertar nos numerinhos... hahahahahaha! wish me luck nos meus chutes todos :-)

e bem no comecinho dos números, ele vem me avisar que é pra eu tomar cuidado e não me jogar, ao que respondo: impossível, porque já me joguei! e digo isso pensando que, se eu não soubesse nadar, eu já teria me afogado nas águas dos olhos dele, tão mansas e tão mexidas ao mesmo tempo. e digo isso pensando que na verdade sou nadadora exímia e já sobrevivi montes de vezes a todas as coisas boas e ruins que sempre teimam, o tempo todo, em fazer parte da vida. e acho uma graça ele me jogando bóia e colete salva-vidas pra minha sobrevivência aquática. nem precisa se preocupar tanto assim, menino! tão mais fácil relaxar. mas tão cuidadoso, isso tudo. tão lindo, o gesto do balde, tão lindo, olha só.

e daí teve pizza. com ritinha e carlinhos e a moça do banco (definitivamente não sou boa com nomes, socorro!) e a família inteira dela e marcelo e fernanda e a fofa da filhota deles. berinjela com tomate, alho e queijo, a coisa mais deliciosa. que fome! que delícia! e depois, brigadeiro com banana, só pra eu morrer de saudades do pará. que é impossível comer brigadeiro sem lembrar dele, pruma vida inteira, né? sensacional, sensacional. cheguei em casa tarde e cansada, mas tão contente! que eu adoro essas coisas assim. de de vez em quando poder ser eu, a pessoa, ao invés de ser sempre e só a gg. cansa viver a mesma faceta de uma das minhas personagens o tempo todo, sem ter pra onde fugir.

e hoje talvez tenha pará ao vivo à noitinha, que é a melhor coisa que pode acontecer no dia (eu torço, eu torço). e amanhã tem aula. e depois de amanhã é a quarta-feira esperada. e enquanto isso, o trabalho vai BEM, sem atrasos, com vontades. e o pessoal aqui se contagiou com a alegria reinante na sala desta que vos escreve, pelo menos por agora. e o mar... eu nem consigo começar a contar das coisas que o mar me faz! já disse e repito: não sei mais diferenciar o mar do amar.