just like heaven

Tudo parece ousado àquele que a nada se atreve, por isso... atreva-se!

02 setembro 2007

sexta, sábado, domingo!

Ou iés!

Sexta foi um dia vivido com a antecipação do sábado. Tive preguiça e trabalhei xoxamente. A correria do dia me impediu de fazer caminhada na praia. Durante o anoitecer, quatro mensagens de celular chegaram de uma vez só, todas atrasadas, me deixando irritada (o sinal da TIM não pega direito no escritório, e por isso às vezes essas coisas acontecem). A noite não correu como esperado, e trabalhei até a meia-noite. Foi um dia xoxinho, mas enfins. Não dá pra querer festa todo santo dia, né? Hehe!

Sábado foi dia de passeio, e ali embaixo tem texto com fotos e explicações e delírios e contentamentos. Que dia feliz, o dia de passear, ui! Compensa todas as sextas-feiras xoxas! :-D À noite foi meu plantão, mas a noite foi tão tranquila que consegui passar uma boa parte do tempo de trabalho em casa, na base do ‘se precisarem de QUALQUER coisa, me chamem!’. Um telefonema compriiiido, como o de quinta-feira passada, me deixou toda boba e animada e sorridente, por saber que os amigos estão sempre muito mais perto do que eu imagino, e por saber que o amor e o carinho que tenho por eles me faz feliz.

O domingo amanheceu chuvoso e cinza, e agora à tardinha o tempo continua assim, feioso. Aproveitei pra dormir mooooito (mais de doze horas! Oh!), e acordei com um convite muito legal pro almoço. Fui com a Carol no Cacimba Bistrô, um lugar feinho por fora mas que todo mundo sempre disse ser o segundo melhor restaurante da ilha (depois do nosso, ca-la-ro!). A vista de lá é uma delícia (adivinha se dá pra ver o mar, adivinha! Você tem só uma chance pra acertar! ;-)), o atendimento é simpático (eu já conhecia o pessoal dali!), e o lugar é SUPER charmoso por dentro (que saudades do Gopala, que saudades do Gopala! O Cacimba é um Gopala muito melhorado na decoração). Olhei o cardápio e quase chorei de emoção. Sim, lá tem minhas comidinhas mais favoritas da face da terra. Lá tem arroz integral, macarrão integral, carne de soja, legumes de todos os tipos e feitos de todos os jeitos. Lá tem temperinhos que amo, como gengibre, coco, shoyu, curry, páprica picante. E lá tem misturas que fizeram com que meu lado vegetariano e natureba e saudável se emocionasse! Imaginem a maravilha que é o fusili integral com vegetais e molho de gengibre+coco+shoyu! Imaginem a vontade de comer salmão com chutney de manga e batatas! Imaginem a minha felicidade ao saber que tem bolo integral de mel servido quentinho com doce de banana+gengibre e sorvete! Que saudades do Gopala, do Cheiro Verde, do Maha Mantra! Se o pessoal do Cacimba tivesse lassi no cardápio, era capaz de eu passar a almoçar lá todos os dias! Comi até explodir, prometi voltar mais vezes, e fiquei pensando em quando será que eu consigo convencer os donos daqui a mudarem radicalmente o nosso cardápio, que tem comidas extremamente pesadas e oleosas prum restaurante bacana à beira-mar. Depois desse meu encantamento com o restaurante descoberto, vim pro escritório e comecei a trabalhar, mesmo sendo dia de folga (tenho plantão à noite, de novo, e tou torcendo por mais calmaria, como ontem! *rs*). Tanta coisa por fazer, mai ou mai! Já estamos em setembro, socorro!

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Então falemos do dia do passeio, que por ser especial merece texto também especial.

Tudo começou na ida pra cama às 12h30min, depois de muito trabalho na sexta à noite, e muita preocupação com o sono que eu estaria por ter que acordar às 6h de sábado. Dito e feito! Eu e minha mega-cara-sonolenta relutamos em sair da caminha macia, tomamos café correndo, fizemos a ronda e lemos os emails e deixamos tudo certinho na pousada correndo, e saímos pra passear às oito da matina, correndo.

Primeiro programa do dia: aula prática de observação de aves. Aprendi os nomes, as características, os hábitos alimentares, os sons e os piados, os detalhes envolvidos na construção de ninhos, as cores, os formatos de bico, os tamanhos, e tudo o mais que você puder imaginar (inclusive os nomes científicos) dos pássaros todos que habitam a ilha. Ainda bem que não são muitos! *rs* Tem 2 tipos de atobás (o de bico azul que é o sula sula, e o de bico amarelo que é o mumbebo real), 3 de quase-pombinhas (cucuruta, arribaçã, e cebito), 3 tipos que lembram andorinhas (as noivinhas e os dois tpos de viuvinhas, a preta e a marrom), e 1 bonitão da cabeça vermelha que é o galo-de-campina. Na verdade, tem outros tipos de passarinhos na ilha, mas esses são os mais comuns, e eu consegui ver todos, munida de binóculos! Passeamos na trilha que vai do Sancho até a Baía dos Golfinhos, e depois de ver e falar muito sobre as aves todas, paramos pra ver os golfinhos. Eu, há cinco meses aqui, ainda não tinha conseguido ver nenhum golfinho na baía que leva o nome deles! Pois ontem eu vi, e posso provar que eles realmente passeiam por ali! Pena eles estarem tão loooooonge! Mesmo de binóculos, eles apareciam apenas pontinhos no mar lá embaixo, subindo, descendo, e dando piruetas como só os golfinhos sabem. CHegando no buggy, percebi que perdi o meu boné da Apple na trilha! Que peninha! Voltar pra buscar, nem pensar! Hehe! Espero que quem achar o boné possa fazer bom uso dele ;-) Na primeira foto, eu apareço de binóculos no meio da trilha que fizemos pra observar os passarinhos; na segunda, estou tentando ver os golfinhos ao longe (eles nem aparecem na foto!)



Segundo programa do dia: subir o Morro do Espinhaço, de novo, pra ver se eu perco o medo das pedras e do precipício. E pra tirar mais fotos, que obviamente as idéias de fotos legais apareceram só dias depois da outra visita, né? Coragem! O dia ontem estava quente, ensolarado, e abafado. Agosto é o mês dos ventos, e parece que ontem só por já ser setembro, os ventos decidiram dar uma super trégua e deixar de aparecer. Suei e suei e suei, subindo as pedras todas! Pufs pufs pufs! Passa no primeiro mirante, come lanchinho (pingo d’ouro, nham nham!), toma água, descansa, seca o suor com a canga, tira fotos, aproveita o binóculo pra olhar pro mar e tentar ver as tartarugas na água. Se um dia eu tiver um namo aqui na ilha, é pro Morro do Espinhaço que eu o levarei! Que paisagens liiiiindas lá de cima, ai, ai, ai! Subimos mais, passamos o precipício, os cactos, as pedras, e chegamos ao primeiro poste. Estava muito sol, e por isso decidimos caminhar até o segundo poste em busca de sombra. Foi minha primeira vez praquelas bandas! Achamos um lugar na sombra, com vista pro mar, onde sentamos e conversamos, além de beber mais água, mais água, mais água! Tiramos fotos, fomos até o terceiro (e último) mirante, procuramos mais tartarugas na água com os binóculos, namorei o mar mais lindo que existe em todo o universo, e começamos a descida. Foram 20 minutos pra subir, e mais de 30 pra descer! Hohoho! Pedras: eu ainda aprenderei a amá-las e a andar nelas como se elas fossem realmente minhas melhores amigas! Porque eu sou catalã, e nós catalães somos assim. (Tem inclusive aquela piadinha que a minha mãe sempre conta: Como fazer um catalão colocar treze elefantes dentro de um fusca? É só dizer que não dá e que é impossível. O catalão certamente vai dar um jeito e vai te apresentar o fusca bufando com todos os elefantes lá dentro!) Voltamos pra pousada, eu já atrasada. Na primeira foto abaixo, eu apareço subindo, subindo... olhe o mato atrás de mim (foi lá que passamos antes de enfrentar a subida!) e as pedras a percorrer... e isso é só uma amostra grátis delas! *rs* Na segunda foto, apareço em frente à paisagem da enseada dos Abreus, lugar lindo visto a partir do terceiro mirante do Espinhaço.



Terceiro programa do dia: o aniversário que não foi. Toda suada e fedida e grudenta, pedi um almoço muito rápido e tomei um banho muito rápido, me vestindo e preparando as coisas muito rápido, pro passeio da tarde. Almocei muito rápido, peguei mais água muito rápido, trabalhei um pouquinho muito rápido, me colocando a par dos acontecimentos da manhã, e em meia hora eu já tinha feito tudo isso! Ha! Pontualmente consegui fazer acontecer a festinha dos aniversariantes do mês, sem nenhum aniversarianjte presente (eram só dois, um deles virou ex-funcionário antes de ontem, e o outro é tão envergonhado que não quis ficar pro seu próprio parabéns). Comemos bolo prestígio (dois pedações pra mim! Que delícia esse bolo, ai!), e saímos apressadas e atrasadas pro nosso passeio da tarde (o guia desculpou o nosso atraso em troca de um pedaço de bolo! Hihihi!).

Quarto programa do dia: a costa azul. Bruna, Rita, o guia, e eu decidimos fazer a trilha da costa azul encurtada. Andamos da Conceição até o Bode “por baixo”, ou seja: pela costa (praia e pedras), com muitas paradas e fotos pelo caminho. Tem até foto do Boldró tirada a partir do mirante com sombra de pedra onde paramos um tempão no domingo passado! Voltamos “por cima”, ou seja: pelas estradinhas de terra que tem acima da costa. Geralmente, esse caminho não tem vista pro mar, e por isso eu não acho ele tão legal, mas... desta vez passamos no meio do que parecia uma floresta, onde estava tudo muito verdinho e lindo! Achei esse caminho mágico, e adorei! Fico sempre impressionada por estar aqui há cinco meses, passeando todo final de semana, e ainda assim não conhecer toda a ilha, que aparentemente é tão pequena! Quero fazer a costa esmeralda, agora! Quero, quero, quero! No final do passeio, a Bruna estava morta de cansaço, a Rita estava com o pique todo e queria jogar vôlei no Porto, e eu estava querendo tomar um banho e comer alguma coisa refrescante. Não é mole passar três horas andando por areia e pedras! Decidimos entrar no mar, na nossa volta à Conceição, e nos deliciamos com a água geladinha super bem-vinda depois de tanta andança! Com fome, foi a Rita que deu a idéia do nosso próximo passo... Primeira foto: a praia da Conceição vista de um mirante. Eu não me canso de admirar a água azul, a areia amarelinha, as pedras escuras. Ah, o mar, o mar, o mar... Segunda foto: muitas pedras no meio do caminho. Ao fundo, céu azul e Morro do Pico! Terceira foto: nós três, no alto de um lugar onde passei muito medo pra chegar! Sabe aquela pedra enorme que parece que vai cair a qualquer momento, embaixo da qual há somente o nada? Pois então! Esse lugar é logo acima da sombra onde paramos domingo passado, de onde fiz a quarta foto mostrando a praia do Boldró. Quinta foto: o último mirante nosso do dia: a pedra do Bode, onde enxergamos a unha de uma senhora que estava em pé láááá embaixo, dentro do mar. Nunca vi água tão transparente quanto a daqui! Sexta foto: depois da andança, veio a bonança de um mergulho na água fresquinha! Sétima foto: parte do caminho na floresta que tanto adorei.








Quinto programa do dia: o açaí. Fomos até a tapiocaria do Brasil, onde tem o açaí mais gostoso da ilha. Ele é o mais congelado, o que vem com mais banana e com a melhor granola, e o único servido com mel natural orgânico (das abelhas do apiário da Lili, que é a mulher do Brasil). Nham nham nham nham! Eu ADORO açaí, ai, ai ai! *rs* Voltamos pra casa felizes e contentes! As meninas descansaram, e eu vim pro meu tão sonhado super banho e pro trabalho, que estava tranquilo. Dormi tão bem, e dormi tão, tão gostoso na noite de sábado pra domingo! Eu adoro os dias de passeio, adoro, adoro! :-D