início
20-abril-2022
Tudo parece ousado àquele que a nada se atreve, por isso... atreva-se!
20-abril-2022
se você por acaso ler este texto, me avisa (insta @adripatamoma)? porque tenho a impressão de que, depois de tanto tempo, ninguém mais acessa isto aqui - e queria matar (mais essa) curiosidade ;-)
quase 8 anos sem blogar - toda a minha vida em Brasília! resumindo, foi tempo de bastante trabalho, muita aprendizagem profissional, muitas mudanças dentro do banco, muitas descobertas, muita realização, muuuuuitas pessoas legais, muitos brigadeiros, uma delícia só! teve também frustrações (especialmente emocionais) e, com elas, mudanças aos montes - a vida ficou mais leve, saudável e focada, e tenho gostado demais disso. não sei se vale pra todo mundo, mas eu só cresço e floresço pra valer com as adversidades - acho que sou flor do deserto... ha! a parte boa é que, depois de aprender com os sofrimentos, geralmente chegam tempos espetaculares de bonança, em que as minhas flores ficam lindas, são admiradas, demoram pra cair, e ainda geram frutos - não tem como não agradecer pelos problemas que trazem tanta coisa incrível (mesmo que primeiro venha a parte da dor). enfim. 8 anos sem escrever nada por aqui; processando os acontecimentos todos de outra forma, em outros canais, com outras dinâmicas.
e aí chega o mar de maceió, cheio de dengo (e charme e braveza e busca e desvios e graça divina), dizendo que gosta de surpresas. e que queria mesmo era um post. (fazendo um paralelo tosco, acho que o mamão gosta muito mais de afagos e desafios. e novidades, especialmente as musicais, por enquanto.) e a ideia de blogar parece irresistível, mesmo eu estando sem prática alguma, já que agora só escrevo textos curtíssimos, que acompanham fotos, ou documentos imensos sobre finanças e economia e regulação e sustentabilidade, que nunca trazem a mesma graça nem a mesma liberdade.
e por onde a gente começa a falar sobre o mar de maceió e o mamão? pelas qualidades? pelas semelhanças e diferenças? pelas percepções? pelo dito? pelas curiosidades? pelas buscas? pelas vontades? o que, exatamente, vai ser desnudado primeiro? ainda não sei... mas tem que escolher algo, né?
vamos começar falando do meu fascínio pelo mar? quem me conhece, mesmo que só um tiquinho, sabe o quanto ADORO o mar. assim, exageradamente. em letras maiúsculas, mesmo. sabe o quanto ele me acalma e energiza ao mesmo tempo. me embala, me lava a alma, me traz contentamento, me encanta com a sua cor, o seu cheiro, os seus sons e o seu toque. me aterra, me realiza, me faz boiar e sonhar e querer, me dando forças pra batalhar e realizar. o mar me faz pensar e questionar e, ao mesmo tempo, relaxar com a certeza de que, no embalo dele, tudo funciona, de uma forma ou de outra. o mar foi a minha primeira fonte de meditação, quando eu ainda nem desconfiava que existia isso de meditar. não tem nada como estar imersa nas águas marinhas, pra mim. o mar acaba, muitas vezes, sendo o meu melhor lar. por mais que eu goste de outras águas, como as de cachoeiras e rios e piscinas e chuvas, não tem nada igual ao mar, e talvez seja por isso que ele more no fundo do meu coração. ou será ele mora ali por causa disso? o fato é que não tem nada mais gostoso do que estar ali, nele, perto dele, olhando pra ele, sentindo tudo o que ele traz, mergulhada nele, saboreando o sal da água, o cheiro da brisa e a temperatura do dia. ah, o azul do mar... o mar me encanta e fascina e atrai e desperta e embala como só ele sabe fazer. o mar é o meu porto seguro, mas é também a minha maior aventura, e não dá pra ser melhor do que isso, dá?
não sei se o mar de maceió tem todas essas qualidades - veja bem... não conheço muito desse mar, ainda. visitei-o apenas uma vez, com a mamis, em 2003. ou foi ontem? sei que voltei encantada da praia e, ao mesmo, tempo incomodada com algo. não sei, exatamente, o que foi que incomodou. medo do completamente desconhecido e sem referência alguma? trauma de algum outro mar? ou minha intuição captou algo que ainda não sei o que é? tou tentando descobrir - e por enquanto a resposta mais plausível é que eu estava cansada demais (e, com isso, rabugenta e intolerante e impaciente - não com o mar, mas comigo mesma e com o meu cansaço aterrorizante). o que me encantou, sei bem demais. já tive tempo o suficiente de revisitar os encantos, de olhos fechados, respirando de mansinho o tempo todo, mas com o coração galopante em alguns momentos. tipo agora. agora, chegada a hora de falar dos encantos, o coração acha que é cavalo e corre pelos campos que existem dentro e fora de mim. né?
(pausa pros suspiros. respira fundo. come o brigadeiro do dia. acalma o frio na barriga e vai com fé. deixa de falar do mar e do mamão e fala de si mesma, que tudo fica mais fácil - prometo! deixa os parágrafos de lado e emenda as palavras e frase todas, que dá certo. just go!)
-----
eu tinha comentado com a mamis e com a rê, no sábado, que estava conhecendo alguém que parecia bem bacana - e outros alguéns também; tudo online. me sentindo quase que voltando 25 anos no tempo, na época em que conheci tanta gente legal pela internet novidadeira no brasil. eu disse pra elas que encontraria o alguém interessante no dia seguinte, domingo (a.k.a. ontem), logo depois de chegar em casa, desfazer as malas, lavar roupa e arrumar as coisas todas. contei que o mais legal desse moço era o fato dele parecer ser, além de interessante e bacana, empolgado/animado/feliz. olhando pra trás, me dei conta de que muitos dos meus relacionamentos foram com gente muuuuuito menos feliz do que eu. em parte, claro, pq as pessoas não são felizes assim, claro que sei e entendo - sou meio aberração da natureza nesse sentido e ok, as pessoas são diferentes e eu tenho isso no sangue, vindo lá da vó e da mãe e presente tb na irmã, isso da felicidade com as pequenas belezas do dia-a-dia, do sorriso constante, do otimismo incessante e da certeza que não esmorece nunca de que, de uma forma ou de outra, as coisas são como têm que ser, e no final tudo se ajeita. mas voltando aos relacionamentos passados, todos com caras bem menos felizes do que eu - até teve gente empolgada e/ou contente, só que, no geral, todos os meus amores envolveram gente com períodos de tristeza profunda, de depressão, de desânimo. o rick me perguntou se eu sabia o que me atraiu nessas pessoas todas - e expliquei. mamis perguntou sobre um outro alguém, e eu disse que ele é um cara com quem tenho certeza de que as coisas funcionariam muito bem, pelo menos por um tempo, já que ele se parece tanto com aquilo que adoro e conheço e já vivi - e que, por isso mesmo, não devo fazer essa escolha, né? reviver ciclos que já sei como acabam? o legal é poder quebrar esses padrões. e é aí que entra o moço-mar de maceió, o alguém que parece interessante e bacana e empolgado/animado/feliz e que, claro, tem mil e vinte e oito outras qualidades que me encantam.
se precisar resumir numa palavra só, acho que ele tem me ganhado pela doçura. ou por aquilo que percebo como doçura, que consiste não apenas em ser doce, mas em mostrar mais do que se quer mostrar e em ir atrás do que se deseja ter. gosto muito disso. acho que por eu me mostrar tanto, sempre, pra tudo e pra todos, aprecio gente que também está disposta a ser mais transparente. percebendo que o mar de maceió não tem a mesma facilidade que eu nisso do responder os questionamentos todos, por exemplo, é lindo ver que ele está genuinamente tentando - não só responder as minhas novecentas e trinta e duas milhões de curiosidades e perguntas difíceis, mas também mexer comigo de outras formas, que talvez funcionem mais pra ele, e confesso que têm funcionado demais pra mim também). já deu pra perceber que estou derretendo? hahahahaha. porque tou. e é gostoso, isso! mesmo o racional me dando broncas e brigando horrores com o emocional (porque eu não devia deixar rolar assim, de novo, de novo, de novo tão rápido e tão entregue e tão adolescente, devia? e por outro lado, como controlar isso quando o moço-mar parece também não controlar muito?), tem sido tudo muito gostoso: as conversas, as descobertas, os interesses, as gracinhas, os abraços, as trocas, os mares e os mamões. gostoso o suficiente pra decidir embarcar e ver onde é que o mar vai me levar. porque no fundo, no fundo, é isso o que me interessa: trocar, compartilhar, fluir (nadar e estar no mar).
e por agora, chega! depois, talvez tenha mais.
duas ou três semanas sem escrever aqui? muito tempo! no trabalho, cursos vários. em casa, arrumações, limpezas, preparo de refeições, cuidados com as mimicas e seriados toda noite. encontrei uma rotina boa aqui na capital, numa paz gostosa demais. trabalho tranquilo e desafiador, apartamento delicioso e cheiroso, vida boa, muuuito boa!
a semana passada foi de curso. 8h diárias aprendendo a programar numa nova linguagem e num novo software. matlab, here we go. adoreeeeei! as aulas foram boas, o programa é ótimo, a ideia de voltar a mexer com análise quantitativa é animadora, poder conversar mais com o pessoal é legal... foi tudo bom demais! acabei voltando esta semana mais animada (ainda mais!) pra labuta do dia-a-dia. semana que vem tem a parte dois do curso, num outro programa, o dynare – acoplado ao matlab, o dynare permite modelar análises econômicas/financeiras bastante interessantes. não vejo a hora!
na quinta-feira, a companhia elétrica finalmente deu sinal de vida – o site reclameaqui.com.br realmente funciona!! aleluia! claro que ainda não foi nada resolvido, mas pelo menos já recebi o prometido e tão aguardado croquis e agora estou me preparando pra comprar material, contratar eletricista e (com a ajuda da ceb) resolver de vez isso da mudança de carga do apartamento em que estou morando. ufa!
sábado super produtivo – não vi o jogo do brasil, mas em compensação consegui resolver várias pendências acumuladas: levei o carro pra ter seu porta-malas consertado, dei banho no bichinho (que nunca na vida esteve tão sujo, graças ao pó infinito devido à secura brasiliense), comprei sílica pras gatas, e a net finalmente instalou internet no apê. aleluia!! além disso, almocei no bistrô mais charmoso da cidade (suuuper recomendo o daniel briand), fiz aquela faxina básica, montei um croquis do apê, pra pensar sobre a disposição dos móveis que chegam neste próximo sábado, e li um monte, fazendo carinho nas duas mimicas carentes que a cada dia se sentem mais donas do pedaço que chamo de lar.
sem internet em casa, tenho perdido a oportunidade de escrever mais por aqui. a vida tem voado rapidinho, em meio a muito trabalho e à resolução de mil e quarenta e nove coisinhas faltantes lá pro apê se tornar um lar gostoso. descubro, aos poucos, que o ritmo dos serviços em brasília é ooooutro... e assim passo intervalos de almoço, noites e finais de semana tentando fazer as coisas andarem. ainda este mês parece que terei internet e móveis faltantes em casa. não vejo a hora!! a potência de energia elétrica do apê, que pedi pra mudar no final de junho, não tem previsão pra acontecer. o conserto do carro (que está na garantia) está ‘enrolado’ faz mais de um mês, com previsão tb pra solução antes de agosto. as gatas já estão morando comigo, bem carentes e estranhando a casa, se aventurando aos poucos a explorar todos os cantinhos e a parte de cima dos móveis.
mais uma semana corrida e cheia de preparos -- vai chegando a hora da minha mudança pro apê novo, com todo o apoio do incrível maco! na quinta, feriado por conta do jogo em bsb, corri mais um pouquinho e arrumei a cozinha da casa nova, desmontando as caixas que vieram de sampa e a caixa de louças novas da tok&stok. quatro horas inteiras depois... armários limpos e organizados, louças, talheres e panelas lavados, secos e guardados, comidas e temperos arrumados, e eu mortinha da silva! mas faltava limpar outras coisas, desarrumar mais caixas, e assim foi que passei um dia inteiro me divertindo no imóvel novo -- ele está ficando lindo, aliás! :-D
mais uma semana se passou! segunda, terça e quarta trabalhando. ando bem animada -- o pessoal do banco é muito legal, e os desafios são grandes! tenho estudado muito, lido muito e tentado me aclimatar com um trabalho que promete ser tão diferente de tudo o que já fiz. tenho aprendido montes de coisas novas, e sinto que ainda estou engatinhando. acho que vai ser muito bom esse tantão de novidades e desafios. quarta à moite o maco chegou pra passar 4 dias aqui, e quinta trabalhei só meio período, pra assistirmos ao jogo do brasil. aqui nem teve muito barulho ou grandes comemorações; estranhei bem um jogo de copa assim. almoçamos no crêpe ao chocolat, que é legalzinho, mas sujo demais pro meu gosto. não pretendo voltar. deu uma saudadinha do central das artes... o dia dos namorados trouxe montes de presentinhos lindos e emocionantes, como meu chá favorito (rosas com baunilha da dilmah) e frutas cobertas com chocolate, além da minnie boba e das fronhas mais bonitas e românticas! sinto falta de poder colocar fotos aqui. na sexta levei bolachinhas pro trabalho, e depois fomos fazer a vistoria do apartamento, que o maco achou bem mais bonitinho ao vivo do que nas fotos. o banheiro é minúsculo, mas o lugar está todo reformado e é uma graça -- não vejo a hora de me mudar pra lá! temos uma parede só de janelas, com vista pra um abacateiro gigante e verdinho. temos uma vizinhança gostosa, silenciosa e cheia de opções legais. almoçamos ali na quadra mesmo, num lugar mais ou menos, e à noitinha fomos à festa junina do banco, que foi bem legal. o maco estava gripado, e minha garganta começava a arranhar. comemos acarajé, canjica e curau, tudo muito gostoso! fomos à barraquinha de pescaria e ganhamos vários brindes, além de uma foto com roupas caipiras e uma caricatura que ficou bem legal. conversamos com os colegas do banco e voltamos pro hotel cedo a fim de cuidar das gripes. haja própolis e lencinho de papel! hahaha! sábado tentamos acordar tarde e fomos em busca de um colchão. descobrimos uma quadra na asa norte com umas cinco lojas diferentes, e nos deitamos em tudo quanto é cama pra escolher a melhor opção pra nós. acabamos comprando um colchão lindo, firme e macio, pro apartamento novo. almoçamos no mangai, restaurante muito querido lá de natal. como é bom comer bem!! nham! fomos então olhar lavadoras-secadoras, muito mais caras nas lojas do que na internet, assim como cooktops elétricos e armários de área de serviço. encontramos um colega do banco tb olhando eletrodomésticos, namoramos ternos pro maco, tomamos um suco, e partimos pra uma siesta no hotel. zzzz... ao acordar passamos um pedaço da tarde perto da piscina do hotel, de frente pro lago, lendo e mexendo no celular, numa vida boa sem fim. ah, lugar bonito, este aqui! jantamos uma pizza com um amigo do meu cunhado, aproveitando pra conhecer mais um pedacinho da tão desconhecida asa norte, e o maco comeu uma torta deliciosa de sobremesa, num lugar que ainda vai virar meu queridinho -- a torteria di lorenza deve ser uma espécie de amor aos pedaços aqui na capital. domingo conseguimos acordar tarde e ficamos morgando quase que até a hora do almoço. comemos no bhumi, um restaurante vegetariano muito bom que conhecemos em fevereiro, com sucos ótimos e comida pra lá de saborosa. como o vôo do maco era cedo, fomos do restaurante direto pro aeroporto. ainda bem que na quinta já é corpus christi, porque já estou com saudades de novo! enquanto o maco estava nos céus, descansei, falei com a rê e com a cris (parabéns, cris!), e respondi uns e-mails. ah, vida boa!! vou me acostumar muito rápido a este vidão cheio de delícias, de tempo, de comidas ótimas, de passeios e de namoros, e não vou querer que isto acabe nunca! ainda acho estranho ter tanto tempo livre, com finais de semana inteiros pra fazer o que eu quiser. não vejo a hora de me inteirar melhor com o trabalho, com as pessoas, com a cidade. estou ansiosa com a mudança pro apartamento bonitinho e com a vinda das gatas pra cá. não vejo a hora de estar toda instalada e poder correr atrás dos cursos todos que quero fazer. torço pra que o maco consiga se mudar logo pra cá, porque tudo indica que teremos uma vida muito gostosa em brasília! estou muuuuito animada com as coisas todas, e às vezes é difícil conter a impaciência. aí me acalmo e me lembro de que é preciso aproveitar o momento, a fase de transição, as mudanças, as novidades, os desafios. as conquistas são boas, mas as passagens tb podem ser curtidas... então vamos lá aproveitar :-)