just like heaven

Tudo parece ousado àquele que a nada se atreve, por isso... atreva-se!

07 outubro 2009

vila velha

um ano sempre tem os seus melhores momentos, certo? o finde em vitória foi desses. o melhor do ano, sem dúvida absolutamente nenhuma. sabe o que é passar setenta e duas horas rodeada de gentes queridíssimas? é das melhores coisas, let me tell you.

cheguei em vitória de camiseta amarela e blusa cor de rosa, e a mi já estava lá, me esperando. que saudade! que saudade! por que a gente se deixa sentir TANTA saudade das gentes queridas? a minha eterna desculpa de que nunca dá tempo de ver as gentes todas não me serve mais. conversamos um MONTE nos trinta segunos que o gley demorou pra nos encontrar no aeroporto. porque é assim que acontece: a gente revê alguém amado e quer saber tudo e contar tudo num piscar de olhos. e isso acontece. e é lindo. e aí eles me contam que vão esticar o finde e não vão trabalhar na tarde de sexta nem na manhã de domingo, por causa da visita (que nessas alturas já estava se sentindo inconveniente e TÃO absurdamente querida. afe.)

fomos almoçar, fomos fazer compras, fomos pra casa deles e não paramos um segundo de conversar. a mi e o gley e toda a família do gley foram os MELHORES anfitriões ever. na verdade, eu concluí que meus amigos sabem sempre receber MUITO melhor que eu, que sou absolutamente desnaturada nesse quesito. eu sirvo pra exemplificar bem direitinho o ditado que diz que em casa de ferreiro, o espeto é de pau.

vamos falar da casa. a gente estaciona o carro na garagem e dali vc pode escolher pra onde ir: pra escada que sobe à esquerda, pra escada que desce à direita, ou pra porta que há ali do lado da garagem. porque eles moram num lugar sensacional lá em vila velha, assim: no andar de baixo, o irmão do gley com a renata; no andar da garagem, os pais do gley, e no andar de cima, a mi e o gley. sensacional, eu achei. as 3 casas são separadíssimas (no dia em que alguém estiver de mau humor, pode ir pra sua prórpia casa sem cruzar com ninguém), e ao mesmo tempo juntíssimas! assim, as refeições são compartilhadas, e toda noite depois do jantar jogamos baralho. não é sensacional? achei maravilhoso. será que dá pra juntar TODOS os amigos e morar num esquema assim? hehe. pra quem adora gentes queridas por perto, e ao mesmo tempo também adora sua liberdade, essa coisa de morar junto e separado me pareceu incrível. ADOREI as refeições em família. AMEI o baralho à noitinha. eu quero encontrar a minha turma de baralho por aqui! alguém? alguém? porque baralho é coisa de velho, né? eu e mais ninguém amamos jogar baralho! e daí vou parar em vila velha justamente numa casa onde o pessoal adora jogar bisca! ha! pra se ter uma idéia do nível de gentileza dos anfitriões, eles me deixaram ganhar na minha última noite por lá! :-)

daí eu conheci a casa da mi, e ela é EXATAMENTE como eu achei que seria. porque a mi tem O MELHOR bom gosto. todo aquele que eu tento imitar, porque já faz muito tempo que sei que quando eu crescer, eu quero saber combinar as coisas como ela sabe. a casa é branquinha, arejada, gostosa, com uma vista incrível! o quarto do futuro baby foi o meu quarto. todo em branco e azul clarinho. todo lindo. com livros no criado-mudo (um deles de matemática!!!), e uma caixa LINDA de chocolates na cama. não é de querer chorar? eu gosto de cuidar das pessoas queridas, mas olha... isso de cuidar de TODOS os detalhes é de chorar, sabe? e acho que foi isso que fez com que o final de semana fosse o melhor: o carinho, o cuidado, as conversas, a companhia, as risadas! na cebeceira da cama, tinha um quadrinho que a mi fez de presente pra mim, e que hoje está na cabeceira da cama aqui de casa, onde ele estava fazendo falta. coisas que só uma SUPER amiga faz pra você: ela ADIVINHA do que você está precisando. ela já tinha adivinhado quando me ligou pra dizer que a gente TINHA que se ver. depois, ela adivinhou quando escolheu a MELHOR de todas as datas pra viagem (um finde que prometia ser bem tristonho e difícil e frustrante pra mim se tornou o melhor finde do ano). ela ainda adivinhou ao me proporcionar TUDO o que eu queria: companhia, cuidados, risadas, ar fresco, mar, baralho, conversas. e aí ela adivinhou em mais DUAS coisas incríveis: ela tampou o buraco da cabeceira da minha cama (onde existiam dois quadrinhos em branco, preto e azul, entre os quais numa outra vida estava pendurado um quadrinho lindo em branco e azul que foi desfeito e deu lugar a uma monstruosidade em vermelhos e pretos e rosas que não combinavam com NADA no quarto, o qual foi devidamente substituído pelo quadrinho que a mi adivinhou que tinha que ser branco e azul), e ela ajudou a sarar um dos meus maiores traumas de infância! daí as pessoas não entendem que eu AME os meus amigos de paixão, e eu fico boba. é óbvio que se ama quem está em sintonia com a gente, quem nos quer bem, quem nos salva de coisas ruins, quem nos diverte, quem compartilha as coisas todas conosco, quem é incrível. porque, sabe, esse casal que me recebeu em vitória é incrível em todos os sentidos. pessoas incríveis, profissionais incríveis, familiares incríveis, companhias incríveis, anfitriões incríveis, amigos incríveis. eu não só amo os meus amigos queridos -- eu os admiro, porque eles são pessoas absolutamente admiráveis. e eu, TODA a mais boba, agradeço, né? todos os dias, ao papai do céu. aos amigos queridos, agradeço sempre que posso. e fico aqui, esperando que algum dia eu possa fazer algo assim pra alguém, porque o que o mi e a gley me deram em setenda e duas horas não tem igual e não tem preço.

não lembro mais o que a gente fez na sexta-feira. a gente saiu pra comer pizza, eu acho. deliciosa, estava! lembrei da ju, porque tinha catupiry. lembrei do pará, porque tinha milho. falamos pelos cotovelos. vi o gley alegre e solto, de um jeito que eu não sabia que ele era. vi a mi radiante, toda mãe mesmo sem o ser ainda. fomos dormir cedo, eu cheia de sorrisos no rosto.

foto primeira: mi e eu no carro, saindo de casa no sábado pra almoçar e conhecer um pouco de vitória.

sábado. acordei tarde! a mi teve A idéia MAIS incrível: a de ir não-sei-onde. ah, claro! nós fomos comprar papéis de origami, porque eu fiz uma kusudama pra eles, durante a viagem de avião, e o gley adorou e quis aprender a fazer também. a mi, SUPER cheia das melhores idéias, já imaginou móbiles de kusudamas. e lá fomos nós atrás dos tais papelitos. chegando na loja (que era imensa e me lembrou uma kalunga), eu vi as caixas e pronto. achei incríveis as caixas. todas elas esperando pra serem transformadas em coisas lindas. caixinhas pra artesanato, as caixas todas que eu vi ali. eu coração caixas desde sempre, não sei se você sabe. então me imagine no meio de prateleiras e mais prateleiras de caixas! a mi (sempre incrível), pensou em algo absolutamente impensável do meu ponto de vista. eu estava só olhando as caixas, como uma criança olha os brinquedos na loja, saca? eu babo naquilo de que gosto. a mi vai muito além. a mi já estava tendo idéias: dri, que tipo de caixa você está precisando em casa? que tipo de caixa você gostaria de ter? porque a gente pode comprar uma e eu te ensino a fazer, como aquele baleiro que você viu lá em casa... e aí pronto, né? alguém me segure. devo ter passado uns vinte minutos escolhendo caixas, porque eu não consegui comprar só uma, né? tive que comprar três: a minha pra bijuterias, as da mãe e da rê duas pititicas pra colocar uma plantinha dentro. saiba que um dos meus maiores traumas de infância envolve caixas e falta de habilidade manual total da minha parte. saiba que o baleiro que a mi tem na casa dela é uma graça, e foi ela quem fez. saiba que, ainda assim, eu estava morrendo de medo de me atrever a aprender a fazer uma caixinha bonitinha, tendo a quase certeza de que ela ia ficar horrorosa, como ficou a que eu fiz quando tinha seis anos de idade, enquanto todos os meus coleguinhas de classe exibiam seuas caixas lindas e enfeitadas. saiba que as únicas coisas que me convenceram a comprar as caixinhas foram o fato de eu amar caixas, e o fato de que, se eu fizesse alguma bobagem, sempre era possível lixar as caixas pra que a mi pudesse fazer algo bonitinho nelas. então tá. saímos de lá com caixas, guardanapos lindos, tinta, pincel, e papel de origami.

fomos almoçar. de frente pro mar. num lugar gostoso com um buffet enorme cheio de coisas boas. comi a torta capixaba (muito boa) e mais um monte de coisas. a mi e o gley ainda comeram sushi. do lado do restaurante, a sorveteria. puts. não resisti, claro. lá vamos nós com seis bolas de sorvete sentar na beirinha do mar! foto segunda: dridri (que não deixou ninguém tirar foto do sorvete, com vergonha das seis bolas) mostra o tamanho do sorvete sem saber que a mi estava com a máquina na mão! foto terceira: os perfis, porque a mi tem olho de fotógrafa e vê coisas que eu jamais veria. olha o meu rosto inteirinho na parte de baixo do rosto do gleydson! achei incrível.


e bora passear? passamos por algumas praias, por uns lugares bacanas de vitória, e fomos visitar o convento. fotinhas quarta e quinta: mi e eu na frente das vistas de dois lados diferentes do convento. a cor do mar, vista dali, é impressionante! deu vontade de morar em vitória não só pra jogar baralho todas as noites e pra ter amigos queridíssimos por perto, mas pra ler livros e mais livros ali dos mirantes do convento, sentindo a brisa do maaaaarrr...


lembrei muito do jens dali de cima, porque uma das vistas dá justamente pras estruturas que abrigam os fuzileiros navais brasileiros! *saudade* continuando o passeio, fomos à garoto. estava tudo fechado, então tiramos fotos no parquinho. ho. estrelando: dridri, a eterna criança! foto seis: pense batom! pense batom! peeeeense batom! :-) foto sete: não resisti e tive que sentar no colo do garotinho. foto oito: caso você não saiba, a fábrica da garoto é pra lá, ó!



chega de passear? queremos ir pra casa fazer caixinhas! :-D e fomos. primeiro, lixamos as caixinhas todas com muito cuidado. depois, demos as primeiras e as segundas demãos de tinta nas caixinhas por dentro, por fora, nos lados, nas bordas, nos cantinhos. daí tem que esperar secar. nessa hora eu estava totalmente apavoradíssima. a tinta era transparente e devia ficar branca. as caixinhas estavam horrorosas. socorro, alguém me ajude, vou reviver meu trauma de infância. a mi me acalmou, né? que ela já tinha feito o baleiro e sabia que era assim mesmo. que depois de mais algumas demãos de tinta as caixas iam estar lindas. que era pra eu esperar e confiar. e enquanto esperamos... o gley largou os estudos e fomos os três fazer kusudamas! tão, tão legal, ensinar coisas legais pros amigos legais! iêi! :-) foto nove: lixando, lixando, lixando. foto dez: a mi e o gley dobram muitos papeizinhos.


a noite chegou, nós jantamos, fizemos a segunda noite de bisca da minha viagem, conversamos, demos mais uma demão de tinta nas caixas todas, colamos pedaços de guardanapo em locais estratégicos, e fomos dormir!

já era domingo! acordei tarde, de novo. hahaha. dormi TÃO bem lá em vila velha... puts! uma delícia! tentei brincar com a kiu, que é a calopsita deles, mas ela definitivamente não foi nada com a minha cara. ela canta o hino nacional com o gley, e é muito legal! rs. tomamos café da manhã, finalizamos a parte tinta+guardanapo das caixas, e bora fazer almoço! (as caixas estavam BEM melhorer a esta altura do campeonato, antes que eu me esqueça de contar este 'detalhe'!) a macarronada da mi estava de-li-ci-o-sa. puts! passamos uma demão de verniz nas caixinhas, fiz uma sessão de reiki no gley e na mi, e saímos pra casa cor. fotos onze e doze: passando verniz nas caixinhas todas (reparem na bagunça que eu faço na casa dos meus anfitriões sensacionais, socorro! tem tintas e tubos e panos e papéis e colas e pincéis espalhados por todos os lados!


desta vez o gleydson não foi, porque esse passeio era pedir um pouco demais da boa vontade dele! a mi e eu passeamos, vimos coisas legais, outras coisas bem feionas, e eu concluí que a casa cor espírito santo é muito muito menor que a daqui! rs. falamos sem parar, falamos bem e mal dos ambientes, colocamos muitas fofocas em dia, experimentei o meu mais novo vício (talento branco com frutas vermelhas, absolutamente sensacional), e fomos jantar no mesmo lugar onde a mi e o gley se casaram! era domingo e o lugar estava fechado. que pena! passeamos, então, um pouco por vitória, vi a ilha do boi, vi o mar no meio de casas e árvores, vi casas uaus, e daí fomos jantar 'telha'. ã? a 'telha' que comemos consistia em carne e cebola e batata, tudo assado numa telha! muito muito bom! voltamos pra casa e - tchãnã - as caixinhas estavam bacanas! :-) e eu ajudei a fazer todas! ai, que emoção, que felicidade, que orgulho! :-) bú, trauma de infância! xô! :-) mais baralho, à noite? siiiiiiiiim! eles até me deixaram ganhar! rs. e depois eu assisti a pedaços de uma partida de worms -- a mi estava jogando num note do meu lado, o gley no desktop do quarto, e o irmão dele no desktop do andar de baixo! todo mundo online num joguinho hilário! enquanto isso, passei um tempinho no netbook-meu-xodó (coisinha pequenininha fofa e sensacional que o gley me emprestou) lendo emails e afins.

e tão rápido, eis que chegou a segunda-feira! desta vez acordei cedo! porque o dia de ir embora implica em arrumar a mala e as coisas todas, né? minha mala estava cheia na ida, e o presentinho que levei pra mi foi na mão, dentro do avião, comigo. na volta, a mesma mala voltou muito mais cheia. eu ADORO organizar as coisas, e fiz caber na mala já cheia mais três caixinhas, um treco usado pra pintura cujo nome eu não sei, um rolinho e um pincel! uau. na mão, voltei com o quadrinho que ganhei de presente, que está hoje na cabeceira da minha cama. com o reiki do dia anterior, até o gley, que acorda às seis da matina todos os dias, acordou mais tarde! fomos todos pro shopping almoçar, eu já com saudades. claro que tinha uma sorveteria daquela da praia lá dentro do shopping! claro que eu peguei seis bolas de sorvete, de novo! os melhores: pitanga, jaboticaba, seriguela, pistache, goiaba, cereja! foto treze: o pote é fundo e no meu cabem seis bolas de sorvete divino! foto catorze: tomar sorvete dentro de um shopping, olhando pro mar? só em vitória! :-)


e então fomos, né? rumo ao aeroporto. que remédio? compramos chocolates deliciosos antes de eu ir embora. claro. a mi me mima! e assim eu fui pra sala de embarque, e a mi e o gley foram trabalhar.

deu TODO um nó na garganta na volta pra casa. pela saudade que vou sentir dessa família inteira que me acolheu de forma tão especial. pela delícia que foram vitória e vila velha em TUDO o que eu vivi por lá. e também porque essa viagem resgatou montes de coisas que eu não tenho tido em casa e que eu não tenho tido faz tempo. eu surtei na semana que sucedeu a minha ida pra vitória, no melhor dos sentidos. o quadrinho que eu ganhei tem o 'keep calm and carry on' estampado, mas a mensagem que eu trouxe foi: breathe, rethink things, and GO! tou indo ;-)

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coisas muito importantes que eu deixei por último:

. a mi está magra. a mi está muito magra. a mi ainda está de regime e vai ficar mais magra. eu fiquei MUITO impressionada com o quanto ela perdeu de peso de dois anos pra cá! que orgulho da minha amiga querida, que orgulho! NADA como querer algo profundamente pra fazer tudo funcionar, né? a mi vai ser mamãe, e pra isso ela precisa emagrecer antes, então boralá! foto da mi magra:



. a mi sabe das coisas de artes e fez um móbile de kusudama com a bolinha que eu levei pra eles. ficou muito muito muito legal, ó:



. CLARO que tem foto de como ficaram as caixinhas! claro que tem! você acha que não? ha! apresento-lhes minha caixinha de bijoux e as duas caixinhas de natal que vão ser preenchidas com uma microplantinha cada, pra dar de presentinho pra mãe e pra rê!