Meu amor está chegando

Enquanto digito isto, a minha pequenina está no céu, flutuando em algum lugar do mundo entre os EUA e o Brasil. Choveu em São Paulo depois de três dias de calor sufocante. Vamos ver se fará um clima mais agradável para o casamento da Rê no sábado. A Adri volta na noite de domingo. Vai perder duas aulas em Cornell e isso já é muita coisa pra ela, tal o ritmo de estudo. (Será que ela sabe o quanto eu me orgulho da inteligência dela? :-)

Em alguns dos últimos fins de semana, usando uma webcam que comprei e instalei no computador da Mõe, pudemos fazer chats de vídeo. Pela cara da Adri dá pra imaginar que foram emocionantes... a minha própria cara é melhor nem mostrar <:-)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

É uma sensação estranha não ter olho no olho porque cada qual olha para a imagem do outro na tela do PC e não para a lente da câmera, mas imagino que dá para se acostumar. Não trouxe outra webcam para casa porque houve um imbróglio na instalação da banda larga e passei muitos dias sem correr atrás. Mas quando ela estiver de volta aos EUA, provavelmente já terei o modem e poderemos usar o "videofone" com mais frequência.
O Skype foi outra tecnologia indispensável. Com ela pudemos falar ao vivo de um computador a outro, ou de qualquer um do lado de cá com o celular da Adri nos States, sem pagar ligação internacional. Incrivelmente, mesmo sobre uma conexão discada a 40 kbps dá para manter uma conversação razoável. Com melhor conexão (e a da Adri em Ithaca é superlarga), a qualidade do som é incrível. E contatos diários pelo telefone virtual ajudam a suportar a saudade (embora não resolvam).
O terceiro meio de comunicação é o chat, e esse é o que usamos por mais tempo. Acho que nos acostumamos a discutir qualquer assunto pelo chat, desde o mais trivial até o mais filosófico, quase como se estivéssemos apenas em nossos respectivos empregos aqui em São Paulo e não separados por um oceano. A única diferença é normalmente ela sempre está mais ocupada com o estudo no horário do chat do que eu com o meu trabalho.

Para combinar com a correria da Adri, as coisas estão frenéticas por aqui também: a minha empresa, a Futuro, formada como dissidência da Conrad, está prestes a mudar para a sede nova. Mudanças constantes nos produtos e equipes. Quer dizer, a minha equipe estabilizou. Agora sou chefe de 10 pessoas. Ou serão 11? Ao trabalho de direção de arte que faço desde sempre soma-se a gestão da equipe e estou tendo que aprender coisas novas muito rapidamente, algumas delas direto dos livros teóricos da Adri. É um paralelo inédito entre nós, que temos profissões tão diferentes :-D
Que mais? Ontem participei do lançamento da PC Magazine. Hmmmm... fama e fortuna?

Agora com licença, que vou terminar de colocar os livros no lugar :-)