Diário de viagem
Temple Expiatori de la Sagrada Família
Visitamos em primeiro lugar e por duas vezes a obra suprema de Antoni Gaudí, que está em construção há um século e deverá continuar assim por mais outro. Foi a coisa mais deslumbrante da nossa visita, junto com a Casa Battlò e o Park Güell, que não por acaso também são obras do supergênio da arquitetura.
Na primeira visita, subimos e descemos por dentro das quatro torres mais antigas - a escadaria não é tão difícil como parece, olhando as torres de fora, mas cuidado com vertigens! - e, quando atravessávamos a ponte entre as duas torres do meio, trombamos com um brasileiro residente em Londres, que falava com sotaque, ávido por conversar com conterrâneos. Esquecemos de trocar nomes... Ele fez o nosso retrato na ponte.
De volta ao chão, admiramos o interior - em plena construção - da monumental igreja, e passamos pelo museu subterrâneo (onde não fiz fotos, pois a memória da máquina tinha acabado), onde estão os modelos em escala que Gaudí esculpiu para a obra e os planos para o templo completo, incluindo uma última torre que será muito maior ainda do que as já existentes.
Na segunda visita, rodeamos a igreja inteira e fizemos fotos de diversos outros ângulos, como se pode ver.
Comprinhas e comidinhas
A primeira loja que visitamos em Barcelona foi - ironicamente - uma FNAC, na Plaça Catalunya. Excetuando a ausência das maquininhas que lêem códigos de barras e os letreiros em catalão, tudo nela é igual às lojas paulistanas, desde as estantes até o desenho do carpete. Queríamos passar o conteúdo da câmera digital (256 MB) para um CD. Custou 11 euros! E se fosse num cybercafé, sairia ainda mais caro. Como desagravo, compramos na FNAC um novo cartão de memória, a fim de fotografar o resto da viagem sem preocupação com downloads a preço de ouro - digo, euro. E levamos também alguns bestsellers em catalão, é claro.
Em outra visita à Plaça Catalunya, entramos no El Corte Inglés - uma espécie de Mappin local, porém muito maior que a antiga loja paulista, e com uma porção de filiais em toda a Espanha.
No primeiro dia, depois de conhecermos a Sagrada Família, corremos para o KFC da esquina e comemos peito de frango frito, contemplando o templo pela janela. Repetimos a "heresia" do fast-food no segundo dia, quando comemos no Burger King da Plaça Catalunya... Mas também tivemos nossa dose de comidinhas tradicionais; o pà amb tomàquet [pá âm tumácat], sanduíche de xapata (ciabatta) com tomate amassado e presunto; as cañas de crema, folhados recheados com creme, que qualquer padaria oferece; e os bunyols de quaresma, pequeninos donuts temperados com erva doce.
Outro destaque dos fast-foods foi o Bocatto, uma rede de sanduicherias com comidinhas deliciosas. Mas chique mesmo é uma taça de sorvete numa mesinha de calçada da Häagen-Dazs da Rambla, sob vento a 11 graus!
A Drídri me explicou que, se você pedir numa padaria daqui "chocolate quente", virá uma xícara com uma barrinha de chocolate derretida, como acompanhamento para churros e quetais. Para tomar algo semelhante ao nosso Nescau, você precisa pedir Cacao Lat, que existe em versão quente e fria, ou Cola Cao - cuja embalagem diz conter noz de cola, mas tem o mesmo sabor de cacau dos outros. Da Suíça, além do pretzel (Brezel, em "suíço") de gergelim, eu tinha trazido para beber uma garrafinha de Ovo Drink, que é Ovomaltine pronto. Cada nome!
Uma coisa incrível que constatamos na Suíça é que as águas minerais dos Alpes são salobras! Elas têm um elevado teor de sais minerais, e por isso não "enchem a boca" da forma "refrescante" a que estamos acostumados com nossa modesta Minalba. A propósito disso, o autor de "O Homem que Comeu de Tudo" chega a afirmar que "todas as águas alpinas têm gosto péssimo", e detona sem dó marcas chiques e "hypadas", como Evian e várias outras que possuem consumidores suficientes no Brasil para serem encontráveis no Pão de Açúcar da travessa de baixo. Dá o que pensar... Na Catalunha, bebemos uma garrafa de água dos Pirineus, da marca mais barata, e a achamos excelente.
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