just like heaven

Tudo parece ousado àquele que a nada se atreve, por isso... atreva-se!

02 julho 2003

Abram-se parênteses só pra comentar o saco que é esses novos posts saírem todos sem os acentos. Abram-se mais pra dizer que não tou com um pingo de saco pra mudar isso no template (por sugestão de um suposto 'amigo'), nem pra escrever com os mil e um acutes e tildes necessários num texto. Fechem-se todos os parênteses e vamos ao que interessa.

Não sei exatamente como acontece isso de alguns dias serem tão especiais em nossas vidas, tão inesperadamente. Quero dizer, óbvio que eu sabia que os quatro dias passados em Maceió seriam ótimos e lindos e maravilhosos e sensacionais, como realmente aconteceu, sem surpresas nesse sentido. Mas ontem nada tinha pra ser especial, sabe? Apenas uma terça-feira como muitas outras em que eu tinha zilhões de coisas pra fazer. Mas TANTA coisa bacana acabou acontecendo... Consegui acordar mais cedo que o costume sem reclamar disso, aproveitando o tempinho de sobra matinal pra fazer um super café da manhã delicioso pra mim mesma. Recebi um e-mail inesperado que adorei e fiz tempo pra respondê-lo. Saí mais cedo pra almoçar e consegui dar entrada no meu novo passaporte (porque o antigo tinha vencido e eu nem sabia!), além de almoçar com a mamis e tomar um mega sorvete divino (no Fredíssimo), e também de revelar as fotos de Maceió (que ficaram ótimas!!!!!!) antes de voltar pro 'segundo round' no trabalho. Tive uma reunião com o chefe, que voltou de férias com a corda toda e uma animação inigualável. Consegui ir embora cedo pra casa (nesses dias dou graças aos céus pelo rodízio!), e liguei pra duas pessoas especiais com quem eu não falava há tempos, sabendo novidades bacanas. Vi o final de um seriado que sempre gostei e tinha gravado semana passada. E fui dormir tão contente, com uma sensação tão boa...

Há tempos que não sinto essa sensação de paz. Quer dizer, desde que me mudei, as coisas têm funcionado de forma muito melhor que antes. Me sinto mais completa, mais viva, mais feliz. Mais tranquila. Mais em paz. É claro que faltam coisas em minha vida, mas pra quem não falta? O dia em que eu conseguir encontrar o que falta, vou explodir de felicidade, porque muitas vezes tenho pensado que não é possível que as coisas possam ficar melhores do que já estão! Nestes meus anos de vida, é a quarta vez que entro nessa onda quente e agradável de satisfação permanente com a vida. A primeira de que me lembro foi em 85/86, morávamos na Guatemala, e eu realmente achava que não dava pra ser mais feliz que aquilo. Depois disso passei épocas ruins à beça, e mais pra frente foi tudo meio que entrando nos eixos de novo, até que em 90/91 tive outro ano de euforia total. Foi quando passamos um ano em Araçatuba, morando na casa da minha avó, época em que conheci o Gu e alguns amigos que amo de paixão (entre eles os dois casais de quem fui madrinha há dois anos), e em que comecei a aproveitar a adolescência em tudo o que ela pode trazer de bom. Mais tarde, em 97/98 tive outro momento de intenso viver. Foram novas descobertas, experiências, amores, felicidades. Momentos que passei 'nas nuvens', em que a vida era tão cor-de-rosa quanto se pode imaginar. E no final do ano passado esse sentimento de 'estar completa' começou a voltar, de novo, como num ciclo que espero que se repita infinitas outras vezes durante minha vida. São as melhores épocas pra se viver, essas em que tudo parece estar nos eixos, proporcionando tanta alegria na gente. Temporadas em que nada parece poder ser melhor do que é. Em que a gente se apaixona não por uma pessoa, mas pela vida inteira e pelas coisas todas. Em que a gente se sente capaz de aproveitar e desfrutar de tudo, já que tudo ao nosso redor fica deslumbrante. Eu sempre torço pra que essa sensação nunca vá embora :-D