just like heaven

Tudo parece ousado àquele que a nada se atreve, por isso... atreva-se!

18 janeiro 2002

Parte III – Depois das férias de verão, sempre tem algo novo! México e mais mudanças
Fomos embora do Ecuador na maior pressa! Fugimos, mesmo. Cheguei em casa da minha aula de balé, e encontrei minha mãe desesperada, de malas prontas, um motorista do meu pai e a sua secretária, minha casa num rebu, e ninguém me explicou o que estava acontecendo. Antecipamos nossa volta ao Brasil (férias na casa da vó!!! êba!!!). O que tinha acontecido é que houve um golpe de estado, ou iria haver um golpe de estado, ou algo do gênero, e meu pai, com medo de que nos acontecesse algo, nos mandou correndo para o Brasil. Ele veio um pouco depois, e logo em seguida foi transferido para o México. Passamos só três meses lá... ou foram quatro? O fato é que foi super pouco tempo. Eu nunca tinha visto tanta gente junta na minha vida, nas ruas que mais pareciam formigueiros. Moramos no apartamento de um dos mentores do meu pai na empresa, um apê lindo e chique até dizer chega, onde presenciamos alguns terremotos. (Quer ler mais sobre isso? Vá até a barra que fica à esquerda deste texto e procure um link com o nome de México.) O grande terremoto, daquele de que todo mundo se lembra e que destruiu boa parte da cidade do México, tinha acontecido faz pouco tempo, e víamos bastante coisa em ruínas pela cidade. Nossa mudança ficou num contêiner no Ecuador, porque sabíamos que não ficaríamos no México, mas não fez muita falta, porque no apartamento tinha de tudo. Fizemos muitos passeios, e coisas que eu nunca vou esquecer incluem os mariachis, os chapéus mexicanos, muito diferentes dos que eu já tinha visto até então (eles eram pesados, cobertos com veludo e lantejoulas, e enormes), um restaurante de comida alemã onde comi as melhores salsichas com chucrute da minha vida, os tacos com recheios inusitados (como formigas vivas), minha mãe falando palavrões na rua (porque ninguém entendia mesmo, oras!), as roupas muito coloridas, o Denny’s (onde comíamos refeições maravilhosas), as coisas importadas dos istêitis, as toronjas (grapefruit, que eu nunca tinha comido), a fita da Tatiana (pop Mexicano) e as muitas andanças pela cidade com a minha mãe. Outra coisa muito marcante foi que comíamos todos os dias fora de casa (já comentei que minha mãe detesta cozinhar?), e que no México, TODOS os restaurantes (menos o alemão que mencionei e as franquias de cadeias americanas) fazem qualquer comida com muita pimenta. Nós pedíamos a comida sem pimenta, eles diziam que iam fazer, mas era tudo ardido demais. O pior não era isso, mas era o pessoal experimentando a comida sem pimenta e dizendo que não estava picante. Ah, vá! Dizem que lá as crianças já comem pimenta na papinha, quando não na mamadeira! Conhecemos as primeiras pirâmides indígenas, quando fomos pra várias cidades de ruínas Aztecas. Fiquei fascinada com todo aquele misticismo, e intrigada com o avanço de povos considerados ‘primitivos’. Enfim... aproveitamos o que pudemos, e enquanto estávamos na cidade do México, meu pai foi passear em alguns países, enquanto minha mãe, irmã e eu fomos passar mais uns dias na casa da minha avó. E então...