jardim

tão difícil, pra mim, limpar o jardim. nunca fui eu quem cuidou das plantas, afinal. o marinho sempre foi o jardineiro, e eu a mera espectadora. antes disso, existiam apenas duas minúsculas suculentas em casa, onde hoje se multiplicam plantinhas várias que ele plantou, adubou, regou, e gentilmente me cedeu, para minha muita alegria. depois de dois anos fora de casa, algumas árvores não resistiram -- o manacá secou pra nunca mais esverdear. o morangueiro sucumbiu e sumiu. a lavanda está com uma praga que não sei tratar. vejo que é chegada a hora de limpar o jardim. é preciso tirar o velho para dar espaço ao novo, ainda que o novo não traga flores de imediato, e ainda que as mudas escolhidas corram o risco de padecer sob meus precários cuidados, sob mundos de ventos, e sob parco sol. afinal de contas, o que é que eu entendo de plantas? cada vez menos, concluo. definitivamente não sou a menina do dedo verde. mas ainda assim limpo o jardim. ou pelo menos tento. me dói deveras olhar pras plantinhas das quais preciso me livrar. apesar de não saber cuidar bem delas, eu as amo. me entristece saber que elas não estarão mais ali fora. enquanto a limpeza não acontece, é como se eu pudesse fingir que as amigas mortas ou doentes ainda estão bem ou pelo menos têm chances de recuperação. ha! quem dera...

esta semana teve limpeza completa aqui em casa. não exatamente dos vasos e plantas, com os quais ainda preciso lidar, chamando alguém pra fazer o trabalho por mim sem que eu sofra tanto com isso. a limpeza aconteceu num jardim muito mais especial, o qual só eu posso limpar e adubar e regar e fazer crescer. wish me luck, will you? que as flores não tardem em aparecer, é o que espero! em todos os sentidos :-)