Deep Longing
Às vezes a saudade parece que vai me consumir como a chama come uma vela.
Perco o sono, perco o humor e me entretenho com meus projetos, especialmente aqueles que envolvem a Miuca, como editar suas fotos ou dar tratos a este blog. Gastei horas tentando arrumar a formatação de alguns posts antigos, sem nenhum resultado visível. Mas ao contemplar os arquivos da Adri pré-Mario, invariavelmente paro para ler tudo. E lendo os posts de algumas épocas remotas, inadvertidamente sinto-me ainda mais só.
O aperto não dura o tempo todo: ele se concentra estrategicamente em certas noites e manhãs e ao longo daqueles fins de semana em que o trabalho nas revistas me cansou demais para ter vontade de dar uma simples volta de bike. Enclusurado em casa, confronto o passado em tempo integral e desejo um outro presente.
A vontade depois é de dormir, hibernar profundamente até que o tempo de espera se escoe e o futuro aguardado comece enfim.
Não se alarme, já vai passar. Um bom banho, um livro bem grande e cama.
O vento produz um uivo grave na janela. Depois de uma amostra de cada estação do ano ao longo de sete dias, novamente faz muito frio em São Paulo. Talvez dê para chamar o Alê e a Sandra para aquele mil vezes planejado fondue.
Bagunço a despensa da cozinha e a arrumo impecavelmente de volta. As gatas dormem. As plantas crescem.
O tablet aguarda dentro da mochila. A tecnocoisa cochila em seu berço elétrico. Tenho um DVD novo para assistir, mas não agora.
Um pequeno ícone muda de cinza para verde na listinha do Skype...
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