O fim de todas as coisas

Sabe o que é um fim de semana inteiro trabalhando na arrumação da casa? A minha Pequenina e eu estamos estourados de cansaço, sono e falta de relaxar. E não consigo evitar (mesmo não adiantando nada) me sentir culpado por isso; afinal, são as minhas coisas que ainda estão atravancando nosso novo espaço, pois as coisas da minha querida já estão superorganizadas, faltando só arrumar os móveis da sala. O trabalho todo agora é por minha causa. E embora eu já tenha no currículo o feito de ter passado minha vida inteira a limpo na minha antiga casa, imediatamente antes de vir morar com a Adri, uma porção de lixo ainda veio junto com as coisas importantes, e tenho tido de enfrentar todo dia a tarefa de filtrar tudo aquilo. Mas não quero parecer queixoso, pois agora o processo está quase no fim, e a satisfação já surge por entre as pilhas de caixas de papelão usadas que a cada dia descem para o lixão do prédio... Só mais um pouquinho de força... Falta muito pouco pra finalmente dançarmos sobre um piso lisinho de ponta a ponta na nossa sala de estar. :-)
Eis as conquistas do fim de semana:
- Livros - terminamos de achar o lugar certo para todos os livros. A ironia é que a estante nova acabou ficando com espaços livres, de tanto livro de que nos livramos (com trocadilho!). Mais velharias descartados para o sebo.
- Gibis - depois que os amigos pegaram tudo o que queriam dos gibis, eles ficaram parados, aguardando serem levados para a Gibiteca Henfil. Ontem isso finalmente rolou. Numa biblioteca pública, muita gente vai poder apreciar melhor esses gibis do que eu guardando-os num acervo fechado.
- Documentos velhos & papelada - acabei achando dois documentos muito importantes que julgava perdidos pra sempre, mas de fato, mais de 95% dos meus papéis era perfeitamente dispensável. E sei que, na próxima vez que abrir minhas pastas arrumadas, vou jogar ainda mais coisa fora.
- Poucas revistas que sobraram - não muitas, mas mesmo assim...
- Coleção de minerais - muitos deles, por sugestão da Pequena, foram ornar os vasos de plantas, e outros estão temporariamente vagando sem rumo numa fruteira.
- Coleção de miniaturas que eram da minha mãe - viraram fotos digitais.
- Coleção de objetos esféricos - última coleção restante de fato, sobreviveu quase intacta, mas ainda não tem lugar definitivo.
- Objetos reservados para a Sandra e o ABAV - Levados para eles.
O que ainda falta (e não assusta mais):
- Mapas - próximos itens a serem ceifados.
- Papéis soltos relacionados ao meu trabalho passado - deverão sofrer uma redução brutal, tal qual a documentariada velha. Têm muita redundância.
- Pastas organizadas com o meu trabalho passado - além de serem trocadas por outras novas e limpas, também sofrerão grandes cortes.
- Fotos - Além de organizar por assunto e data mais ou menos metade do acervo, é preciso colocar tudo em álbuns novos. A Petitica teve a trabalheira de classificar e salvar montes de negativos que eu pretendia jogar fora por atacado, impensadamente, por puro fastio, alegando que as cópias em papel já bastavam... Ela me impediu de fazer uma bobagem, pelo que sou grato!
Em tempo, sou totalmente grato à minha querida, não somente pela monumental ajuda, não apenas por ter buscado, encontrado e ajeitado nosso ninho, mas também por me dar o incentivo e o gás imenso necessário para eu dar um jeito no fardo material da minha vida passada. Obviamente, isso foi necessário para eu conseguir montar meu lar junto com ela num apartamento e não num galpão ;-), mas afinal conseguimos realizar tudo muito depressa, se contar que foi simultâneo às mudanças dos dois. Várias vezes eu me desesperei com o tamanho da tarefa, outras tive de lutar contra o cansaço crescente e a atenção falha; mas tudo acabou rolando, e eu gostaria de declarar (publicamente) para a minha amada que sem ela eu simplesmente não teria conseguido. Muito obrigado e todo o amor do universo pra você, Petitica... Now, let's rejoice!