just like heaven

Tudo parece ousado àquele que a nada se atreve, por isso... atreva-se!

14 novembro 2003

Decidindo o que fazer com as coisas

A minha querida, amada, idolatrada, salve salve, Adri Pequenina tem chegado em casa todo dia um pouco antes que eu, sempre com alguma tarefa relacionada à arrumação do novo lar. Chama eletricista para fazer a instalação elétrica da secadora de roupa, chama o técnico do fogão para a instalação do gás, chama alguém para pôr estantes na parede, muda os móveis de lugar mais uma vez, passa no Pão de Acúcar para comprar os víveres essenciais - água e chocolate! -, corre atrás de marceneiro fujão e não sei mais o quê...
A "maridinha" também tem fuçado nas coisas que eu levei encaixotadas para lá - livros, papelada, fotos - e que ainda preciso filtrar com rigor. Ontem botamos fora um jogo de chá de porcelana em miniatura que foi da minha mãe. Uma pena, era tão bonitinho, mas o que eu ia fazer com aquilo? E o que eu fizera com aquilo? Ultimamente não tenho mais nenhuma paciência com esses objetos "sobreviventes", menos ainda com livros e até mesmo fotos. As coisas se inverteram: se antes a Pequena questionava a necessidade de manter cada velharia conosco, às vezes agora é ela quem pede para eu não jogar algo fora. Se é certo que alguns objetos devem ficar para serem apreciados mais adiante, também é certo que a quantidade deles é grande demais. Passei a vida acumulando coisas sem reflexão. Não quero carregar tal fardo pela resto da vida.
Consegui reduzir a biblioteca a uns 15% de livros essenciais que faço questão de ler (ou terminar, que é o caso de uma boa parte deles, com marcadores indicando onde parei). Há agora também a biblioteca da minha mulher para explorar :-). A diferença visível na estante é que os livros dela foram meticulosamente encapados em papel-manteiga...
A eliminação das caixas de papelão da sala de estar progride a cada dia. A próxima etapa, por mim, seria atacar com tudo a minha volumosa papelada - documentos velhos, folhetos, lembranças. Mas minha querida se antecipou e começou a separar as fotos. Há milhares - literalmente - delas que estão soltas e não datadas. Para mim, determinar a época em que foram feitas é tão importante quanto classificá-las por assunto. E depois, haja álbum em que caiba tudo. Mas essa é uma tarefa que pode ser divertida quando feita a dois. :-)