just like heaven

Tudo parece ousado àquele que a nada se atreve, por isso... atreva-se!

27 agosto 2002

Ando assim, meio feliz, muito feliz, alegre até dizer chega, sem saber dos motivos. Tou apaixonada, eu sei, que só quando fico apaixonada é que dá essa euforia toda, mesmo num dia cinza com direito a enxaqueca feroz. A questão é que não tem homem, desta vez. Ando apaixonada pela vida, pela perspectiva de mudar pra um lugarzinho só meu, pelos cheiros dos incensos, pelas músicas que ando ouvindo (ontem foi a trilha sonora de Godwill Hunting), pelos passeios que ando fazendo, pelos sabores que ando comendo, pelos planos que ando fazendo, pelos preparativos que estão acontecendo. Tou leve, não só espiritualmente, mas fisicamente também, o que sempre dá aquela sensação boa extra. Me sinto livre, solta, e não paro de flutuar. Tudo é gostoso: pensamentos, trabalho, cheiros, cama, comida, leitura, banho, andanças, conversas, filmes. Viver é bom, e tenho tido calma pra aproveitar cada coisa. Queria que essa sensação de paz não fosse embora nunca jamais. Que durasse pra sempre, essa sensação tão boa de ser quem sou, estar onde estou, aqui e agora. É a primavera, eu acho. Sempre que acaba o inverno e vem esse calorzinho bom, o mundo fica sempre mais rosa e azul aos meus olhos, como se o frio fosse triste, e o calor fosse vivo, alegre, movimentado, gostoso. Tudo me anima, tudo parece lindo, sensacional, maravilhoso. Tenho vontade de pular, dançar, sorrir, navegar, passear, respirar, viver. Viver assim, aproveitanto, desperta, e não amortecida, como de vez em quando acontece. Viver de verdade, olhando e sentindo tudo. Experimentando tudo. Sendo tudo. Assim.