Carnaval pedalando everywhere!
Bicycle bicycle bicycle
I want to ride my bicycle bicycle bicycle
I want to ride my bicycle
I want to ride my bike
I want to ride my bicycle
I want to ride it where I like
Por essa eu não esperava... que a minha bonitinha ficaria TÃO empolgada por ter ganho uma bike nova!
Este Carnaval foi inteiro no pedal. Números talvez possam dar uma idéia de tamanho entusiasmo. Duas saídas por dia, uma de manhã e outra à tarde. 29 quilômetros no primeiro dia, 26 no outro, 32 no outro e 16 no último (cancelamos a última saída porque a Drídri ficou meio gripada. Ah sim, hoje cedo ela melhorou e demos outro rolê. Mais 4 quilômetros.)
Como eu já fazia quando era o único pedalador do casa, qualquer saidinha da Drídri para a padaria, para o supermercado ou para a farmácia virou uma desculpa para ela pedalar, pedalar...
E eu estava cá pensando em outra vantagem de ter uma mulher pedalativa: ela não questiona o dinheiro que eu gasto em peças! (Brincadeirinha...)
Tudo começou quando, num sábado à tarde, ela comentou que gostaria de voltar a dar umas voltinhas, depois de 16 anos sem montar numa bike. Fiquei curioso para saber que tamanho de bicicleta serviria para acomodar a Dri, já que ela é pequena... Felizmente, tenho uma rara edição portuguesa do livro de Bernard Hinault - "Ciclismo de Estrada" - que, entre muitas coisas, contém fórmulas e sugestões para ajustar as dimensões da bike à posição do ciclista. Embora as fórmulas sejam para bike de estrada, eu as adaptei com sucesso às minhas, tanto de estrada como mountain, e poderia facilmente usá-las para descobrir o tamanho da futura bike da Drídri. Supus que ela jamais tinha tido o prazer de pilotar uma bike que fosse do tamanho certo para ela. Mais por curiosidade do que por determinação de achar a bike ideal, tirei as medidas físicas da Dri e joguei nas fórmulas.
Resultado: a bicicleta teria de ser menor que qualquer mountain bike de linha, porém maior que uma BMX. A solução seria uma bike de aro 24, intermediária entre uma infantil e adulta. O lado bom é que a linha infanto-juvenil necessariamente é bem mais barata que a adulta. Logo achei o que queria: a Caloi Aspen Max 21. O catálogo diz: "para crianças de 9 a 12 anos"...! Mas e daí, se as dimensões estão certas? Com alguma troca de peças, ficaria perfeita... O visual é pura alegria, mas sem parecer infantil...
Tirei os pneus originais de cravo e coloquei pneus slick para asfalto, bem largos e macios. Coloquei um canote de selim de alumínio, longo o bastante para o selim atingir a altura certa. Troquei o selim original tosco por um macio e ergonômico. Troquei os pedais vagabundos de plástico pelos meus pedais Shimano XT de alumínio com rolamentos, que estavam sem uso há anos. Troquei os eixos originais, presos nas gancheiras por porcas, por eixos vazados com quick-releases para podermos remover as rodas facilmente (necessidade básica numa bike que será transportada dentro de um carro e pode precisar de reparos no meio do caminho)... Para ficar perfeita, faltou a suspensão dianteira :-) mas isso iria demorar muito e estourar meu orçamento... quem sabe mais adiante.
O resto da história você sabe. A minha querida enlouqueceu de alegria. Ela só quer, só pensa em pedalar. E agradecer ao maridinho que compartilhou com ela um de seus grandes prazeres, sem nunca precisar fazer proselitismo.
Depois de voltarmos à loja para comprar o capacete, só restou que fizesse tempo bom (e fez) para andarmos muito. Como uma espécie de programa de treinamento progressivo, fizemos roteiros cada vez mais complexos: Parque Villa-Lobos (totalmente plano), Ibirapuera (quase, mas com muita gente), Ibirapuera de novo (agora pelas trilhas de terra), Parque do Carmo (ciclovias alternadas com trilhas e muitas subidas), ruas diversas da zona sul de São Paulo (exposição ao tráfego de carros). A cada passeio a Dri pegou confiança e retreinou as manobras e procedimentos. E ainda aprendeu rapidinho a usar o câmbio de mountain bike que veio de "brinde"...
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