Se, ao invés do Aurélio, existisse um dicionário Adriana, só meu, em primeiro lugar ele seria bem mais fininho que aquele, e em segundo, ele teria uma definição para mar mais ou menos assim: mar é vida e morte, luz e escuridão, felicidade e tristeza, tudo com uma intensidade fora do comum. O que faz do mar algo tão especial é justamente a sua intensidade, capaz de abarrotar todos os nossos sentidos de uma vez só, provocando um prazer incontrolável e indescritível. Não há cheiro como o dele, nem visão como a sua, já que todos os tons de azul surgem do mar. Não há gosto como o seu, nem sensação tátil que se iguale ao balançar de suas ondas em nosso corpo. Por fim, não há música como o cantar do mar, assim como não há outra coisa capaz de despertar um misto tão grande e confuso de sentimentos e percepções. Como o mar, só há o mar.