just like heaven

Tudo parece ousado àquele que a nada se atreve, por isso... atreva-se!

07 maio 2011

novas

ao invés de postar por aqui, tenho usado mais o twitter -- algo sempre desafiante pra uma verborrágica como eu. outro lugar onde tenho escrito sempre é no goodreads -- a cada um dos livros lidos, faço um comentário por lá, e tenho adorado isso. um dia ainda vou aprender a passar as publicações de lá pra cá :-) queria ter a disciplina de fazer isso com os filmes vistos tb! rs. mas, de alguma forma, os livros me são mais especiais que os filmes, quase sempre. esta semana assisti 'pride and glory' muito provavelmente pela segunda vez (tenho certeza de já ter assistido antes, mas não me lembrei de naaaada do filme, a não ser tendo vagas lembranças de uma cena ou outra! ah, memória...) -- filme com o edward norton (queridinho!) bem mais ou menos, sobre policiais. assisti também 'bimong' (tb chamado de 'dream'), um filme coreano bem louquinho sobre uma menina que é sonâmbula, e nas suas escapadas noturnas realiza os sonhos de um cara que ela não conhece. esses filmes foram vistos no meu computador novo, batizado de 'pretinho', um netbook fofo (pititico e leve, perfeito pra mim!) que a rê me vendeu baratinho.

...

aqui em corumbau a maioria das borboletas é são-paulina! sério, elas são todas pretas, vermelhas e brancas, lindas! preciso fotografá-las, alguma hora. outra coisa que nunca deixa de me espantar é a beleza dos periquitos. eu tive um tio-avô que criava periquitos em araçatuba, numa espécie de 'corredor' (os bichinhos ficavam soltos naquela área), e era legal, mas confesso que *nada* me preparou pra beleza que é ver esses pássaros soltos, livres, na minha janela ou nas plantas ao lado de casa. acho mágico! eu nunca tiva visto tantos passarinhos lindos soltos na natureza, e ao mesmo tempo em que isso é triste (todo mundo devia poder ter um contato maior com o mato, com o mar, com os bichos -- isso é tão gostoso!), também é lindo (bom isso finalmente acontecer comigo, esse deslumbramento com os muitos encantos da vida no meio do mato!). obviamente morar no meio do nada tem suas desvantagens, também, né? não são todos os bichos que são lindos e inofensivos pra nós como as borboletas e os periquitos... tem os escaravelhos gigantes-nojentos-barulhentos-horrorosos (com garras que chegam a matar coqueiros imensos!), tem as pulgas e os maruins (que picam a gente doído, e deixam a minha pele toda marcada, por causa da alergia), tem as baratas e os besourinhos e os besourões (feios-bobos-chatos, como diz a shi), tem as aranhas e as cobras e os morcegos... é um desafio, muitas vezes, pra uma pessoa urbana como eu, me acostumar e conviver pacificamente com os muitos bichos indesejáveis. mas aí numa tarde linda de céu muito azul, um beija-flor entra em casa, olha pra mim, e sai voando atrás das flores do lado de fora de casa, me deixando numa paz tão mansa e serena que faz com que os demais bichos valham a pena!

...

existe um só rubem, e muitos rubens. (ah, frase cheeeia de significados!) tou lendo um livro dos mais legais do rubem alves, e ele está cheio de surpresas! é 'o velho que acordou menino', em que o autor conta histórias da sua infância. justo eu, que adooooro histórias de infâncias das gentes queridas! obviamente tou achando o livro o máximo, né? além das histórias bacanas, o jeito do rubem me cativa demais: ele tem uma mansidão que me desarma, me amolece, me traz paz e felicidade. decidi que quero envelhecer assim: serena. mas o mais legal desse livro são algumas revelações do rubem, como por exemplo sobre o pai dele, tão parecido com o meu na ausência e na distância (física e especialmente emocional). tem um parágrafo inteiro do livro que quero colar aqui, onde o rubem descreve o meu pai (embora esteja falando do progenitor dele). em outra história, ele conta da família da mãe, tão parecida com a minha família paterna -- é incrível a gente se descobrir na vida do outro! e é legal também ver as similaridades e diferenças nas percepções e no trabalho emocional a partir do que a gente viveu quando criança -- o livro não fala muito disso, mas eu me pus a pensar, e descobri coisas reconfortantes :-) é sempre muito, muito, muuuuito bom ler o rubem :-)

...

e é claro que eu não poderia terminar este post sem falar do lucca, né? tenho tido vontades grandes de escrever pra ele algumas coisas 'escondidas'. escondidas não no sentido de não serem abertas/públicas, mas no sentido de serem coisas que a gente normalmente não comenta com os outros. (não no meu caso, lógico, porque não tenho 'papas na língua', e sou sempre aquela que comenta tudo com as pessoas, especialmente as gentes queridas.) tenho vontade de contar pra ele coisas que, de outra forma, acho que ficarão esquecidas. quero contar da magia que é um neném (coisa de que desconfio que ele só vai saber quando houver um neném na sua vida adulta), das coisinhas incríveis que ele faz com a gente e consigo mesmo, das pequenas coisas bobas das vezes em que a gente se vê. temos tantas fotos dele, mas não quero que se percam as coisas todas por trás das fotos, sabe? e nem tanto pra ele, acho, mas talvez pra mim! não quero esquecer de como ele era da primeira vez em que o visitei, quando ele já era um nenenzão diante de seu primeiro mês de vida. como fiquei desconcertada porque ele não 'olhava' pra gente (ele ainda não focava o olhar em nada que estivesse a dois dedos de distância). de como foi gostoso senti-lo nos meus braços, todo pequeninogrande, quentinho, com aquele cheirinho e aquela maciez que só um neném tem. não quero esquecer de como na minha segunda visita, aos dois meses dele, ele já estava esperto (apesar de super chorão). de como ele já estava forte, empurrando as pernas na barriga e nos braços da gente; de como ele era o próprio stevie wonder, sem ter ainda muito controle sobre o pescoço; de como ele, quando colocado de barriga para baixo, tinha força nos braços a ponto de erguer quase todo o tronco; de como ele gostava de estar em constante movimento e começava a chorar se a gente não balançava/andava, de como ele gostava que a gente subisse e descesse as escadas com ele no colo; de como ele prestava extrema atenção na música e nos sons do seu 'pateinho do mar'. nessa visita dos dois meses, passei um tempinho com ele chorando no colo, enquanto a rê se aprontava pra levá-lo ao pediatra, e arrumei uns jeitos de fazê-lo parar de chorar, nem que momentaneamente. no fundo, no fundo, acho legal o lucca ter sido um neném chorão, porque foi o que ele puxou da titia!! a tante nana foi um bebê muito chorão também, conforme contam todas as pessoas que um dia me pegaram no colo nessa época. e daí veio a minha visita aos três meses do lucca -- a mais recente, agora no final de abril. cheguei de viagem e a vovó velinha disse que o lucca já estava menos chorão, mais tranquilo e muito sorridente! num sábado fomos almoçar com o vovô jordi e a vovó fátima, e o lucca estava todo chatinho -- ele não tinha feito cocô no dia anterior, e a mãe já sabia que com isso a probabilidade dele estar chatinho era 100%. mesmo chatinho, ele foi o bebê mais lindo do mundo! uma americana sentada na mesa de trás da nossa (acompanhada do danny glover) veio dizer pra rê que neném mais lindo o lucca é, e não consigo discordar! :-) fiquei impressionada com o tamanho do bebê de três meses (que já vestia roupinha de meninos de seis meses), e com o stevie-wonder-no-more! o lucca já estava todo durinho, ficando em pé direitinho se a gente segurasse bem! além disso, o pescoço agora servia não pra balançar a cabeça descontroladamente, mas sim pra olhar pra *tudo* ao redor: que menino curioso! fiquei com vontade de já ler o livrinho da curiosidade premiada pro sobrinho querido! e aí no domingo fomos almoçar com a vovó velinha e o vovô wagão, e de novo o lucca estava chorando bastante, mas rindo também! que sorriso LINDO ele tem! e que abandono no dormir... puxa! a coisa mais fofa é ver o lucca rindo ou suspirando enquanto dorme no colinho da mãe. depois do almoço, enquanto o pai gugu foi ver o jogo do 'curíntia' (fique aqui registrada a minha torcida pra que o lucca não escolha ser sofredor e torça pelo são paulo!), mamãe rê e eu fomos levar o lucca na slingada, no carro emprestado da vovó. não conheci o cacá (pediatra), mas vi outros babies (nenhum mais lindo ou fofo que o sobrinho mais incrível do (meu) mundo!) e pude participar de uma mini-aula de shantala e de meia mini-aula de dança mamãe-e-bebê. também escolhemos um novo sling de presente de dia das mães pra rê, e disse a sis que o sling deu sorte, porque na semana passada ela foi com o lucca no cinematerna e ele a deixou assistir o filme inteiro! (isso prova que ele está mesmo mais tranquilo, porque no mês passado, ele chorou tanto que a rê viu só o final do filme!) daqui a uma semana verei o lucca de novo, e quero continuar contando um pouquinho da delícia que é cada encontro com ele :-) ah, se eu soubesse explicar a emoção que é ser tia!! indescritivelmente bom, isso. definitivamente uma das melhores coisas do mundo :-)