A casa nova
Foi tudo assim bastante rápido. :-) Enquanto posto estas letras, a minha mulher (é!) está fazendo a mudança final do seu apartamento no Morumbi para o nosso (sim: nosso!).
Ao cabo dos três primeiros apartamentos que a Adri quis alugar e o negócio não rolou por algum motivo bobo, ela desabafou a sua decepção, e eu procurei animá-la: "não se exaspere tanto, queridinha (OK, eu não devo ter dito a palavra 'exaspere' ao vivo, mas talvez algo do tipo), quando parece que tudo deu errado é que aparece a surpresa salvadora. A gente ainda vai achar um apartamento mais legal do que todos esses, e aí vamos ser megafelizes (sim, eu falo a palavra 'megafelizes' ao vivo)..."
Eu não sei o quanto pude aliviar a aflição da minha Petitica com essas palauretas, mas de fato o apartamento que apareceu por último acachapou totalmente. Sem comparação. Toca a fechar negócio!
A desmontagem do meu apartamento é uma operação complexa, mas está bem adiantada, com uns 85% dos objetos já encaixotados. O lixo já se foi todo, e o que resta para doar está separado. (E ontem ganhei um prazo extra para entregar o imóvel, de modo que vou conseguir faxinar e pintar sem atropelo.) No apartamento da minha amada foi bem diferente: passamos três dias trabalhando juntos sem parar. Incrivelmente (faltou a minha pequena mencionar isso no seu texto) ainda restou um tempinho pra namorar e comer um bombom entre uma carregança de caixas e a seguinte. :-D
As gatas pararam de dar trabalheira... quero dizer, se você não contar como trabalho ignorar os miados incessantes, especialmente da Mole, que não se conforma com as seguidas mudanças em seu, digamos, estilo de vida.
Falando em mudanças, eu particularmente estou estranhando MUITO a ausência da longa carona com bate-papo pela manhã (um dos motivos de querermos morar mais perto do trabalho dos dois é o tempo que ela gastava no trânsito por minha causa!), e em especial os abraços e beijos no colo da motorista antes da despedida matinal. :-) Mas em compensação teremos (não já, com a mudança, mas em breve) mais tempo juntos sem ser indo e voltando do trampo ou cumprindo a faina doméstica, né?
Vida a dois em casa nova é uma delícia... Eu até estou mais descontraído e fazendo mais piadas do que antes (e veja bem, já vão quase quatro meses de felicidade inebriante), e até meus acessos de mau humor ou de preocupação paranóica deram um tempo. Nem as minhas condições de trabalho (a cada dia mais sinistras) devem me tirar do sério, quando penso que estou definitivamente junto da minha amada, um cuidando do outro, um fazendo o outro feliz incessantemente. :-D
A minha mulher (é!) me enche de mimos e elogios, como se apenas eu fosse tudo de bom; mas ela, habitualmente resistente a elogios, precisa ficar sabendo bem sabido que a cada novo dia ela me inspira, me dá gás e força, é uma organizadora incrível, realiza as coisas num ritmo fantástico, tem um ótimo gosto para qualquer coisa (nem comento a planta do apartamento em escala, com móveis recortados em papel Post-It, que ela fez para decidir a arrumação), faz planos legais o tempo todo (como eu ia dizendo), tem um olho sensacional para o amanhã (sempre!), possui um ouvido excelente (já misturamos nossos CDs!), um olfato ótimo (eu uso os perfumes que ela me comprou!), um paladar divino (nham!), é sortuda (e eu também!), é simpática e lindinha (sim! sim! sim!), consegue achar graça nas minhas piadinhas canhestras, é carinhosíssima, é chicletinho, é colinho, é abracinho, é beijinho e tudo o mais...
Adri, tu em faç totalment feliç...
Tu ets tot per mi...
Moltes gràcies, amor...
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