Saudade não é nada doce
A saudade aperta, corrói, tira a energia, deixa de mau humor, desregra as refeições, bagunça o sono, causa ansiedade, faz ter atitudes estranhas e dizer bobagens... Não importa a duração da distância da pessoa amada; no sábado, antes ainda da minha pequena partir, eu já apresentava todo e cada um dos sintomas do sofrimento... e cada um de nós o tem manifestado de uma forma tão pungente que nos levou a prometer juntos que não mais faremos viagens assim separados, daqui em diante... E tomaremos providências sérias para garantir isso. (Nos aguardem :-)
A saudade de uma pessoa querida em viagem é cruel, não apenas pela distância física e suas implicações evidentes, mas porque uma das melhores coisas da viagem é compartilhar as descobertas: os lugares, as pessoas, os idiomas, o clima, as comidas, as farras de compras, as excursões, os passeios, as aventuras... Tanta coisa que se pode descrever até o mínimo detalhe, mas não experimentar diretamente e realmente conhecer sem estar lá.
Agora, desabafo feito, chega de repetir essas palavrinhas feias: "mas", "não", "sem". Porque a vida é bela, a temperatura em SP ficou suportável, e o amor da minha vida, minha amada, minha paixão - minha mulher - estará aninhada entre meus braços, dentro de 48 horas...
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