Monday, Tuesday, Wednesday, Thursday, Friday, Saturday and Sunday. O que ninguém sabe é que, assim como há uma carta especial no baralho, também há um dia especial na semana. Um curinga, que pode tomar forma em qualquer um dos sete dias ‘normais’. É o disasterday. Ele aparece quando você menos espera, e também vai embora quando lhe apetece. Às vezes, o disasterday aparece somente em uma parte do dia, e outras vezes, quando ele gosta de te fazer companhia, fica por uma semana. Ou isso acontece só comigo? Ontem ele apareceu pra mim, logo cedo. Mas, depois, tudo se transformou, e o dia sapo virou um dia príncipe. Adoro essas reviravoltas diárias. Acho que elas trazem emoção e vivacidade a tudo que acontece conosco. Meu dia, que começou tão ruim, foi progressivamente ficando melhor, me deixando mais e mais surpresa e contente. E essa sensação é indescritível, meu caro Watson.

Tudo começou muito mal logo cedo, e a culpa foi minha. Tenho andado ansiosa e com trezentos milhões de coisas na cabeça. Esqueci de uma coisinha dessas e me arruinei. Lá vem o disasterday chegando, pensei para comigo. Mas tudo bem. Dei aquela mexidinha nos ombros, como quem diz ‘que se dane!’, e fui trabalhar. No meio da manhã, a primeira surpresa: meu chefe estava de ótimo humor e batemos um papo bacana. Depois, o Rica me liga pra irmos almoçar. Além da companhia agradável, e da sensação de que o disasterday já estava indo embora, ganhei novidades, conversa legal, e presentes. Ah... quem é que não adora presentes? Minha grande paixão é presentear, é verdade, mas ganhar coisinhas maravilhosas também é demais! E, além de um presente de natal muito legal (que vou usar muito e que sempre quis ter e que serve para comer comidas chinesas e japonesas), ainda ganhei o servidor de sorvete mais bonito que já vi. Que design! Que classe! Uau! Adorei! Vou tirar fotinha pra colocar aqui, porque ele merece! Pena que o horário de almoço acaba tão rápido! Ou sorte do Rica, que não aguentava mais ouvir meus agradecimentos! Se tem uma coisa que eu gosto é almoçar com gente querida! Jamais esquecerei todas as vezes que saí do trabalho pra comer com o Mig, o Rê e o Ailton, com os meus pais, com a Rê, com o Edu, com o Zig, ou até com o Abav, e agora com o Rica. Geralmente almoço sozinha, e muitas vezes em meio a toda a papelada que há na minha mesa, com um olho na comida e outro no computador e nos papéis. E adoro sair daqui, pra poder relaxar e rir e conversar e passear! Depois disso vem um segundo round mais agradável no escritório, inevitavelmente. Eu pensando em como terminar tudo o que tinha que entregar no fim do dia. Ufa! Aumentaram o prazo. E me convidaram pra ir ao cinema. E a pessoa que eu mais queria que me ligasse ligou. Ele nem sabe disso, mas eu REALMENTE queria ter notícias. Maravilha! Fui ao cinema muito melhor, mais contente, quase levitando. Adorei o filme. O Edu tinha escrito no blog dele que esses filmes de assalto são todos iguais, mas a verdade é que o elenco de Ocean’s Eleven é bárbaro. E a história é mesmo igual, só que diferente, entende? É divertido, e gostoso de assistir. Ou talvez eu estivesse num dia tão legal que iria gostar do filme mesmo que este fosse qualquer um dos Monty Phyton (que eu DE-TES-TO). Só achei o filme um pouco curtinho demais. Queria mais Matt Damon e Brad Pitt e Julia Roberts e menos George Clooney. Queria prolongar a sensação boa que o filme trouxe. Mas... ele acabou, e não havia nada que eu pudesse fazer. Então, fomos embora, pra casa. Dormi tão bem... ... ... Ansiosa, contente, serelepe. De bem com tudo. E pensar que terça-feira tinha tudo pra ser um big disasterday! Assim como ganhar de virada é sempre mais gostoso, um dia realmente bom é aquele que começa com cara ruim, mas que depois se transforma. Oh, happy day... (Lembro do comercial da margarina que tinha essa música do dia feliz e sorrio. Rio. Me delicio.)