E, apesar da minha total decepção com a falta de retorno obtido (com uma única exceção) com as estoriazinhas das minhas vidas e viagens e lembranças, continuo... prometo que falta pouco :-)
Parte X – Araçatuba
Conheci muita gente legal, passei muitas tardes na casa da minha tia, o pessoal da escola era meio chato (não tinha nada a ver comigo), mas os vizinhos da minha tia deram ótimos amigos. Conheci a Lu, e fazíamos muita coisa juntas: saíamos pra dançar (nas matinês de domingo), íamos a todas as festinhas que conseguíamos, conversávamos muito, jogávamos bat na rua, nossa... era tudo muito legal. Nessa época conheci e comecei a namorar o Gu (com quem fiquei por quase seis anos!), e formamos uma turma muito legal (veja as fotos do Sumiço lá nas friend’s pix, que tem um link na barra que fica à esquerda deste texto). Nos reuníamos em frente À casa da minha avó todo final de tarde, e na frente da casa da Lu todos os finais de semana. Dançávamos juntos, jogávamos bat juntos, ríamos e cantávamos juntos. A vida era boa demais. Sem preocupações, com ótimos amigos e um grande amor, eu realmente não podia querer mais nada. Namorei MUITO, dei muita risada, nunca estudei tão pouco (o colégio era fácil demais). A melhor lembrança da escola? A esfiha de presunto da Toledo – a esfiha mais gostosa que já comi! Ficamos em Araçatuba por um ano inteiro, antes da situação se normalizar em Angola, e aproveitei cada segundo. Nadávamos muito, íamos a várias festas, passeávamos bastante, fazíamos pães de queijo e pipoca, e fazíamos o maior sucesso dançando (ganhamos prêmio e tudo :-D). Foi uma das melhores passagens de ano de que me lembro, essa de 90 pra 91. Reunimos os amigos e fizemos aquela farra, depois da meia noite. Fiz quinze anos em maio de 91, e teve uma festa bacaninha que minha mãe insistiu em fazer. Com direito aos melhores brigadeiros da cidade (me entupi de tanto comer os docinhos!), a muita dança, e a bombons da Kopenhagen (divinos!) de lembrancinha da festa. Vesti uma roupa vinho, o que escandalizou a parentaiada mais velhas, mas se fosse pra fazer vestido branco eu queria me casar, e não fazer aniversário :-P A festa foi muito jovem, meus primos de Sampa vieram, e curti bem. Se eu pudesse voltar no tempo, teria feito uma viagem ao invés da festa, mas essa opção não me foi dada, e foi legal realizar um sonho da minha mãe. As lembranças do começo de namoro com o Gu são meio turbulentas. Começamos a namorar, decidimos que não estava legal, eu tive outro namorado (o bobão do Ronaldo) que foi um saco, e no aniversário do Gu (novembro de 90) eu fui até ele dizer que eu gostava muito dele e que queria mesmo era ficar junto dele. A partir daí, foi só alegria... e como éramos apaixonados! Christ! O Gu foi meu primeiro muita coisa. O primeiro namoro comprido, o primeiro amor de verdade, o primeiro sexo, o primeiro rompimento, a primeira traição, a primeira reconciliação, o primeiro companheiro e amante e namorado tudo ao mesmo tempo agora. Perdi muito da minha ingenuidade com ele, em todos os sentidos. Ele era três anos mais velho e tinha uma visão do mundo muito diferente (mais realista) da que minha mãe passou pra gente (minha mãe ainda é um poço de ingenuidade). As férias do meio do ano chegaram, e a notícia de que voltaríamos pra Angola chegou junto. Puts! Eu não conseguia acreditar que teria que voltar praquele lugar de merda e ainda por cima ter que deixar meus amigos mais queridos e meu amor. Chorei MUITO. Nossa... inacreditável! Passei a viagem chorando! Mas... não tinha jeito, então fizemos juras de amor eterno (!) e prometemos nos escrever sempre.
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