Bom... agora que já postei tudo o que tinha deixado escrito antes (quando o monstrinho do Ev não estava funcionando bem por aqui), posso contar que acabo de chegar da casa do WS. Teve bolo e cantoria. Claro que saquei de quem o aniversariante puxou aquela simpatia toda! Com pais assim, acho que até eu conseguiria ser simpática! Engraçado como aquela música na voz da Elis Regina (ainda somos os mesmos e fazemos como nossos pais, etecetera e tal) sempre me vem à mente quando penso sobre isso de pais e filhos! Somos mesmo iguais a eles, quer admitamos ou não. E acredito que à medida que o tempo passa ficamos ainda mais parecidos! Isso porque tem 1000 coisas na minha mãe que detesto e sei que não quero fazer igual, mas... quando dou por mim... e pra quem não sabe, acredite: sou a cópia da minha mãe, fisicamente, quero dizer. É assustador, até, pra quem não está preparado. Sou 20 anos mais nova, mas tirando isso.... é quase a mesma pessoa! Ô genética que não perdoa, sô! Nem parece que meu pai teve alguma contribuição no negócio! Mas enfim, eu tinha começado a falar disso... ah é, porque os pais do WS são simpáticos demais, e acho que isso deve ter influenciado muito na pessoa que ele é. Que moço diferente, interessante, interessado, cativante! Pior que se fosse só no aniversário tudo bem, mas ele é sempre assim! Como pode? Sei lá... tudo pode, Adri, tudo pode. E pode mesmo. Aprendi com meus avós, meus pais, ou sei lá bem com quem, mas com certeza foi com alguém muito familiar, que pode tudo e tudo pode, e ainda acredito nisso, de verdade, pelo menos até que alguém consiga provar que o contrário tb pode ser verdadeiro, o que é possível, já que pode tudo e tudo pode, mas ainda não aconteceu. Sim, tô mais zig que o comum. Mas e daí? Sei lá, acho que é medo isso. Medo do que? De tanta coisa, ah se vc soubesse... Ah, até, se eu soubesse! Pior é que todos os medos são bobos. Tá bom, todos não, mas a grande maioria dos medos que passamos por nossas vidas é infundado e besta, eu acho. Menos no momento em que o vivemos, que é justamente nessa hora que aquilo toma uma proporção catastrófica e totalmente fora da realidade, fato para o qual somos totalmente cegos. Mas eu queria mesmo falar do aniversário! Na verdade, decidi adotar a técnica do William Forrester (do filme que vi ontem) de ir escrevendo, escrevendo, escrevendo... mas que as coisas saem mais disconexas assim, senhor William, ah, isso saem! É que depois a gente tem que revisar e dar sentido, né? Só que eu não vou ter tempo nem paciência pra fazer isso! Mas vamos ao bolo com morangos delicioso que comi hoje, vai. Com direito a velinhas e tudo! Que ainda acho que aniversário sem velinha não é a mesma coisa. Quando passei o aniversário sozinha (ah, não adianta que não vou lembrar quando foi!), acendi uma velinha e apaguei eu mesma, que era praquilo ter cara de aniversário, pô. Ah!!! E hoje ele apareceu!!! Ele, sim, aquele que é sempre convidado pros encontros mas nunca vai. Que moço mais animado que é o Mauro Tojo! Muito boa gente! Achou que eu fosse velha, então? Por associação, quero dizer.... se vc achou que o Zig devia ser velho, então deve ter achado que eu tb era, logo eu, com essa cara de menininha... nossa, como meu rosto e minhas maneiras me escondem! Será que é proposital? Vai saber! Fiquei tão contente do WS ter gostado do icosaedro que montei pra ele!! Foi tão legal de fazer! É impressionante como trabalhos manuais me acalmam e fazem bem! Pena que não sei desenhar! Que mais? Conheci um carioca muito figura e gente boa (namorado da Joana, menina meiguinha menor que eu (e eu que sempre acho que não tem gente menor que eu!) que é meio que prima do ABAV, ou pelo menos foi isso que me disseram), fotógrafo tão louco quanto qualquer um de nós. A Joana faz desenho industrial e vimos umas fotos muito legais de um trabalho dela, super coioído (que eu adoro cores). Conhecemos também mais um pessoal... quer ver... um pessoal da FAU que estava meio deslocado naquele papo doido sobre fotos, computadores, edição de imagens e afins), uma amiga do WS super sorridente (ih, agora não lembro o nome dela, por que é que isso sempre acontece comigo? Acho que é porque as pessoas só falam o nome das outras quando vc é apresentado a elas, momento no qual aquela pessoa ainda não é ninguém pra vc, visto que vc nada sabe sobre ela, e quando vc finalmente passa a associar aquela pessoa com uma história, um fato, uma cor, um cheiro, pou o que quer que seja, aí vc lembra perfeitamente da fisionomia dessa pessoa, fazendo uma ligação entre ela e as coisas que vc acabou de saber sobre ela, mas nessa hora ninguém mais fala o nome dessa pessoa, e eu sempre esqueço de perguntar, porque é como se eu já conhecesse a pessoa, e com isso subentendo que eu já deveria saber o nome dela, pra só perceber mais tarde que, pra variar, não sei o nome de ninguém! Não entendeu nada? Nem eu, but who cares, anyway?), um cara mais alto que o Musi (que pra mim o Musi é muito alto, e qualquer pessoa mais alta que ele é quase gigante) com quem nem conversamos direito, e acho que é só. Claro, encontrei tb lá o Edu e o Pedro, mas eles não contam, porque a gente já tinha se conhecido. Ah… sei lá, eu não gosto de ficar falando sobre o que eu faço (assunto que sempre aparece em qquer conversa)! E o principal motivo disso é que não gosto de ficar me gabando, nem quero aparecer (não desse jeito), e é isso que acontece quando falo mesmo do que faço. Tenho 24 anos e posso ser gerente de qualquer uma das áreas administrativas de uma rede de hotéis, pô. E daí? Não sou melhor nem pior que ninguém por causa disso, mas sinto que essa é a impressão passada. Agora vou fazer treinamento pra ser gerente de hotel. E daí pronto. Vou poder ser qquer coisa, mais ou menos. De gerente hoteleira a controller a gerente financeira a gerente de RH a gerente de tecnologia e informação. Acima desse pessoal, onde trabalho, só tem dois diretores. And that’s it. Não sei, ainda, o que vou fazer. Mas vou estar preparada, isso é o que importa. Ou não! E como é que a gente fala uma coisa dessas sem parecer arrogante, hein? Porque não acho que seja ‘oh’! Batalhei por cada uma dessas coisas, e foi gostoso. Adoro o que faço. Mas parece mentira (puts, vc é muito novinha, é a frase que mais ouço por aí) e parece que tô mesmo querendo me mostrar. Que é o que muita gente que se formou com a gente faz – se mostrar. E eu não gosto disso! Mas é f*** responder à pergunta ‘o que vc faz lá no hotel?’ com a mesma resposta de sempre: ‘sou bombril’. Passei em todas as áreas. Fiz de tudo. Arrumei camas, limpei banheiros, servi bebidas, atendi hóspedes, organizei eventos, vendi hospedagens, cuidei do controle, cuidei do pessoal, cuidei das finanças, cuidei dos computadores. Fui passeando pelas áreas, fazendo projetos e treinamentos, melhorando o que era possível, fazendo as férias do pessoal sem substitutos… é isso o que faço. O que venho fazendo. O que não gosto de contar. Pior é que quando começo a falar, vem ‘mas como assim vc não tem posição fixa?’ Assim, pombas, assim… É uma troca: eu invisto neles, e eles apostam em mim. Tem funcionado. Pelo menos acho que sim. E tá encerrado esse assunto de falar sobre o que eu faço, hein? Sei lá… será que tudo isso é trauma? :-) Pior que as pessoas mais humildes, que não fazem idéia do que é ser controller, por exemplo, acham isso tudo o que eu faço a coisa mais normal do mundo! Muito bacana esse pessoal mais simples, que trata a todos muito melhor de quem sabe alguma coisa. ‘Ignorance is Bliss’, já cantavam eles, os Ramones… E nunca vou entender isso das pessoas quererem que vc conte de algo que a gente sabe fazer e faz bem só pra depois achar ruim o que ouviu. Essa gente que não consegue ficar feliz com o contentamento dos outros me deixa triste. Eu estava falando hoje com a tia Cleide sobra a podridão do ser humano. A mesquinhez, a inveja a ponto de querer prejudicar o outro, o egoísmo, as mentiras, as trapaças (que com jogos e canos fumegantes ficam muito boas). Nosso interesse mórbido. Nossa sensação de alívio ao saber do fracasso do outro. Nossa vontade de causar mal. Nossa avidez por notícias ruins. ‘Bem feito, tá vendo, não falei?’ Por que somos assim? E, como canta o Moz, ‘what difference does it makes?’ E quase que me esqueço que o assunto era o aniversário! Como dá voltas, não só o mundo, mas nossos pensamentos! Uau! Sei lá, eu estava mesmo precisando me confrontar com o que é que eu faço e minha relação com o fato de não querer contar isso ao mundo. Não sei se resolveu, mas pelo menos já escrevi sobre o assunto, o que pra mim representa meio caminho andado pra resolução. Que mais? Gostei das fotos que vi, e daquelas que o WS ficou tentando tirar sem que a gente percebesse (que legal, tirar foto apertando o botão sem olhar, sem ver o que está sendo capturado exatamente…). E com isso fiquei me perguntando o que será daquelas fotos que o MarioAV deixou no ibook do Fê… queria ver aquelas fotos!!! Ah, que legal isso de fotos… eu sempre tive paixão por elas! Não gosto e não sei tirar, mas adoro ver toda e qquer foto. Adoro ouvir as histórias de cada uma delas. Adoro ver as pessoas se transformarem ao contar essas histórias. Adoro o universo humano. Na próxima encarnação, acho que vou fazer como a Rê e estudar psicologia: fascinante. E não, não sei se acredito em próxima encarnação e nessas coisas todas. Mas certamente acredito que não é possível que tenhamos só uma chance… Afinal de contas, todo mundo e tudo merece, pelo menos, no mínimo, e bem por baixo, duas chances. Sempre. Tudo. Eu acho que sim. Sinto muito pelo parágrafo único. Pela divagação. Pela chatice. Pela pobreza do texto. Pelo desabafo. Mas que foi bom pra mim, disso não tenho dúvidas! E o senhor William, aquele do filme, que entendia muito desse assunto de escrever, disse que a gente precisa mesmo é escrever pra si mesmo, então… obrigada pelo encorajamento, personagem de um filme qualquer! Esta menina qualquer adorou! E tá colocando em prática, que medo! Amanhã acho que volto ao normal… espero! Ou não!
just like heaven
Tudo parece ousado àquele que a nada se atreve, por isso... atreva-se!
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