just like heaven

Tudo parece ousado àquele que a nada se atreve, por isso... atreva-se!

14 abril 2001

[Escrito em 13/04- esse blogger estava de mal comigo e nem tchuns!]
Tanta coisa pra escrever, que com certeza este post vai ser um dos maiores e mais bagunçados de todos os tempos. Mas vou fazer de conta que não ligo, e escrever tudo assim mesmo, conforme as coisas forem aparecendo, em um parágrafo só, e se não ficar legal dane-se, porque quero mesmo é escrever tudo, tudo, tudo. Ontem eu estava inspirada pra postar coisas aqui. Tinha um monte de coisa pra falar. Chorei pacas, e sempre escrevo bem quando choro pacas. Parece que junto com as lágrimas afloram emoções que vão direto pros dedos, sendo expressadas com beleza rara. Mas estava tarde, era quase hoje, e eu estava na cama quentinha e macia, morrendo de sono. Chorei igual a uma pata(moma) porque vi de novo aquele filme lindo, lindo, lindo, que acho que é o mais lindo que vi no ano passado, o ‘Corações Apaixonados’. Não sei explicar essa minha predileção por filmes desse tipo. Que falam de relacionamentos, quero dizer. De forma real e poética. De me fazer ficar aos prantos. É, eu abro o berreiro. Mas é uma sensação maravilhosa que me invade, não é choro de tristeza. É de contentamento. De esperança. Não sei se foi aqui que comentei já dessa minha ilusão de que um dia ainda poderei ser amada como nos filmes… Acho tão lindo, mas tão lindo… e só mais uma coisa: meu filme preferido de todos os tempos é ‘As Pontes de Madison’, e com isso acho que não preciso dizer mais nada sobre este assunto. O fato é que este tempo ensolarado com vento gelado me traz recordações mil, e dá aquela melancolia… Tô ouvindo o primeiro CD dos Cranberries, que já adorei de paixão pelos idos de 93, e que combina com perfeição com este ventinho que faz meu nariz ficar vermelho. Porque foi em 93 que lembro de ter aproveitado como nunca esse vento frio, ao lado de alguém especial. Gosto desta temperatura. Dá pra colocar agasalho e ficar toda quentinha, com exceção do nariz e das orelhas, que meio que congelam gostoso. A melhor época do ano pra abraçar o ser amado, sem sombra de dúvidas. Pra ficar debaixo das cobertas lendo um livro. Engraçado… os melhores livros que já li, lembro deles assim: eu debaixo da coberta, com uma caixa de chocolates do lado, o livro quase embaixo do cobertor, que é pra mão não congelar, o abajur aceso, geralmente lá pelas três da madruga. Nunca acordo de madrugada! Tenho sono pesado, durmo muito bem e gostoso, sempre. Mas quando chega esse friozinho não sei o que acontece, que desperto no meio da noite, toda contente, pra ler algo bom. A vida parece mais emocionante nessa hora, e eu não sei porque isso acontece. Claro que acordo morrendo de sono no dia seguinte, mas meu sorriso por lembrar do prazer que tive durante a madrugada compensa qualquer cansaço que possa transparecer em meu rosto. Ontem era dia de Nias, mas estava fechado, que saco! Como pode-se fechar uma casa noturna em véspera de feriado? Enfim… acabamos descobrindo isso bem antes de ir pra lá (senão íamos ter dado com as portas fechadas e as luzes apagadas, como da primeira vez que tentamos dançar ali), e acabamos indo comer a melhor salada de todos os tempos: a cajun do TGIF. É uma salada divina, com um frango muito pouco picante que poderia ser mais ardido, mas que mesmo assim é muito gostoso, salada esta que tem como principal ingrediente o melhor molho que já experimentei: à base de não sei o quê, o molho é quente e tem bacon. Dá água na boca. Depois da salada, um outrageous, que ninguém é de ferro, e pra quem não sabe, outrageous é uma sobremesa imensa, que ocupa todo um prato, com um pedaço enorme de bolo de chocolate bem escuro, duas bolas de sorvete de chocolate e duas de creme, chantilly, morangos em calda, e pedaços de chocolate ao leite da Nestlé. Delicioso. Cheguei em casa cedo, já cansada e com sono, e ao entrar no quarto vi algo diferente sobre a mesa , quase tive um troço. O papai Noel, quer dizer, o coelhinho da Páscoa mandou uma caixa de bombons Godiva. Quase caí pra trás (porque pra frente ia quebrar o nariz e ficar horrorosa). Ah, ah, ah, ah. Não dá sequer coragem de comer, porque mais parece uma jóia que simplesmente chocolate. Ainda não abri a caixinha. E olha só: ontem percebi como realmente o mundo está mudando! Até o coelhinho da Páscoa usa internet!! Como sei? Porque a caixa de bombons veio através da www.floresonline.com, oras bolas! Os personagens folclóricos estão ficando muderrrnos! Isso é que é evolução! Se eu tivesse escrito ontem, acho que teria falado mais sobre os filmes que e fazem chorar. E sobre os amigos. E sobre minha preguiça. Mas só levantei da camona hoje… e mesmo sabendo que ainda hei de escrever sobre essas coisas, me dei conta de que não vai ser agora. Um dia desses (acho que antes de ontem) descobri um blog novo, que já entrou na barra cor de goiaba como um dos favoritos. O blog do Travis (motorista de taxi mais conhecido quando interpretado pelo Robert de Niro) é bacana demais. Insano e normal na medida certa. Ou não. Vai lá ver o que vc acha e me fala depois! Ou não! Me preocupa cada vez mais isso de saber que tem muito blog bom por aí que não conheço. Mal dou conta de ler todos os conhecidos de que gosto muito, e mesmo assim não queria perder as outras coisas maravilhosas que devem existir por aí. Quando encontro um tesouro como os textos da menina lagarta me dá um aperto no estômago, de saber que aquilo estava ali o tempo todo e eu nem sabia. Que saudades do Alê cantando Taj Mahal! Preciso ligar pra ele hoje, pra ver se a saudade pelo menos amaina um pouquinho. E a síndrome da páscoa já me ataca: hoje o café da manhã foi composto de tudo o que como sempre mais meio ovo de confetti que ganhei da Rê. É, meio ovo, assim, de uma tacada só. Claro que estava uma delícia, e eu adoro confetti, mas já vejo as consequências: dor de cabeça e ferida na boca: é a forma que meu organismo encontra todo ano pra dizer ‘olha aqui, menina, que eu não consigo processar tanta gordura consumida de uma vez só. não dá pra você tentar se controlar um pouco, não? que saco, todo ano a mesma coisa!’ Sim, ouço estas frases. Mas mesmo assim todo ano é a mesma coisa, porque não consigo mesmo resistir a tanto chocolate bom por perto. E uma semana depois da páscoa é assim: três quilos a mais, muitas espinhas, e boca feia de feridas. Sei que o segredo é ganhar menos chocolate na páscoa, porque aí com certeza não vou comer tanto. Por isso este ano convenci meu cunhado a não comprar a mega cesta do ano passado (mais de um quilo de chocolate, cruzes!), e a dar um ovo só pra mim, junto com a minha irmã, de 230g. Com a minha mãe combinei que só vou ganhar meu ovo daqui a duas semanas (ou seja: daqui a um mês, porque daqui a quinze dias não vou mais estar em casa). E com os amigos, pedi… por favor, pouco chocolate, plis, plis, plis. Help me a me sentir melhor nesta época do ano! Tá tocando Lemonheads agora, que tb combina muito com este tempo. A diferença é que Lemonheads combina tb quando tá frio mas o calor começa a querer dar as caras… aqueles dias de começo de primavera, tão excitantes. E se estivesse escrevendo ontem ia escrever de uma música dos Smiths que apareceu em português no meio do blog do Travis que fala assim: ‘How can someone so young sing words so sad?’. Cada coisa linda que a gente acha nas letras das músicas, né? Falei um dia desses que quero escrever um poeminha tipo letra de música, com aquelas coisas nonsense que fazem todo o sentido do mundo pra mim. Mas não sei se vai sair muito legal… e como enquanto não tentar, vou continuar fazendo suposições sobre isso, então decidi começar a escrever logo! Mas não agora, ainda, que por enquanto tenho pensado mesmo é em continuar a história da Dalia… tenho duas vertentes: ela na puberdade e ela adolescente… vamos ver o que sai primeiro! E que tesouros mais esta menininha vai me mostrar! Engraçado como ela parece mais uma pessoinha de verdade que um personagem. Só que é uma menina cuja história ainda não existe até que eu a construa. Mesmo assim, parece que a mente prega peças, e quando penso em algo da vida dela, é como se aquilo realmente já tivesse acontecido fora da minha imaginação. Hoje fomos ver o ‘Encontrando Forrester’. Que parece história real, e não imaginada, igual a da Dalia pra mim. Legal o filme, mas não é melhor que o ‘Gênio Indomável’. Desculpa, mr. Gus Van Sant, mas não acho que tenha sido desta vez que você tenha se superado. Na verdade eu jamais teria feito essa comparação entre os dois filmes, mas li na Veja que este filme era melhor que aquele do Ben Affleck e Matt Damon, e fiquei com isso na cabeça… ’Gênio Indomável’ foi um dos melhores filmes que vi, tb. Não por ser extremamente bom, mas por ter marcado uma fase inteira na minha vida. Por ter visto tanta coisa familiar ali. Por ter sido escrita por dois moleques. Pela música maravilhosa do Waterboys, e até pela ‘Sombody’s Baby’, do Andru Donalds. Pela Minnie Driver, minha atora preferida de sua geração. Pelo Robin Williams, que eu adoro e cujo papel no filme é tão legal. Pelas cores amareladas usadas na capa do vídeo e do CD. Pelas amizades que vi ali. Por quem assistiu a este filme comigo, chorando junto, na sala do cinema de tela imensa. E chega de falar sobre tudo e nada, porque agora vou mesmo é ler mais um pouquinho, dormir mais um pouquinho, cantar mais um pouquinho… cê la vi, monami! And time flies… contra quem esse moço tem apostado corrida, afinal, hein? Será que ele ainda não percebeu que não adianta correr, porque nada consegue ser mais rápido que ele? Nada. Nada consegue ser mais rápido (nem mais lento) que o próprio senhor tempo