And so she woke up, she woke up from where she was lying still
Sai I’ve got to do something about where we’re going...
Adoro essa musiquinha do amigo Bono. Do começo ao fim, quando ele diz que ‘she’s running to stand still’. Ela toca e traz um quê de nsotalgia,e ao mesmo tempo de esperança... às vezes me pergunto como música pode dizer/significar/mudar tanta coisa... música é poder.
E minha ida à livraria ontem foi produtiva! E me fez começar a ler outro livro, que não aquele dos catadores de conchas, que era o próximo da fila... legal isso dos livros nos deixarem curiosos e animados! Mais legal ainda imaginar quem está por trás daquilo. Que tipo de pessoa seria capaz de escrever algo assim? Quanto tormento ou dor a escrita causou? Ou prazer e furor? Demorou, ou foi tudo ‘vomitado’ como meus megaposts? A idéia já estava pensada ou foi surgindo à medida que o papel era preenchido com a sopa de letrinhas? Como é esse livro quando comparado a coisas anteriores que li escritas pela mesma pessoa? É mais legal? Mais interessante? Mais tocante? O autor está mais maduro? Sua escrita flui melhor? Seus personagens têm mais vida? Às vezes fico triste com livros não tão legais de escritores que adoro de paixão por outras obras. Mas é óbvio que é insano e impossível esperar que alguém, quem quer que seja, produza e publique somente coisas boas, e num crescente constante (o mais recente sempre melhor que o anterior). Porque acho que a gente progride, anda, e faz tudo em círculos, ou melhor, em espirais. Que às vezes sobem e às vezes descem, às vezes estacionam e às vezes voam. Mas não são constantes. A gente progride e regride, cai e levanta, morre e renasce. A ente muda, e essa mudança não é linear. Por que, então, mesmo assim, esperamos que nossos escritores evoluam linearmente, proporcionando cada vez mais prazer com suas obras?
Sei lá... enfim... quando tenho uma graninha extra, gosto de comprar em livrarias. Talvez por tentar pensar tanto no autor, e não no livro somente, eu fique imaginando que essa pessoa vive daquilo, de me dar alegrias através de caracteres, e que nada mais justo que ela recebendo uns dinheirinhos por isso! Só quando minha conta bancária encolhe até os limites insuportáveis é que acabo recorrendo aos sebos... onde tem livros baratinhos, por serem usados, e mesmo que o autor não receba sua parte merecida, penso que da próxima vez, quando eu puder, eu lhe pago o jantar!
Fico imaginando se alguém que conheço algum dia publicará alguma coisa. O Lins é ótimo escritor. Sempre achei que ele iria escrever como um meio de vida. E agora, nos blogs, me deparo com outras pessoas de escrever muito bem tb... estranho isso, encontrar tanta gente que escreve bem e gosta de fazê-lo, de uma vez só, neste país. Onde trabalho somos quase 500 funcionários. Não conheço ninguém que não cometa erros crassos de português. Será possível que entre 500 pessoas eu, que nem escrevo tão bem assim, seja a que menos cometa erros ridiculos em nossa língua escrita? Conheço pessoas extremamente competentes que falham na hora de escrever! Como pode? Mas pode, que tudo pode, já falei antes disso aqui. Minha mãe tá na faculdade, fazendo letras. Os professores são lastimáveis, cometem erros absurdos também. Como pode um professor de língua portuguesa não conhecer bem o suficiente nosso idioma? Falo não de erros comuns, mas daqueles absurdos mesmo, de professor que escreve ‘gosto que você escreva assim’, quando qualquer um sabe que quando a gente gosta a gente gosta DE alguma coisa. Por isso pessoas que escrevem bem me surpreendem, por ser algo incomum, belo, admirável. Claro que sinto um certo desprezo por profissinais que deveriam ensinar nossa língua e não procuram saber lhufas dela. E olha que não estamos falando de qualquer profissional meia boca por aí, não... minha mãe faz Mackenzie, que não é tão má faculdade... Por que, a cada dia que passa, escrevemos pior, nós do povo brasileiro? Por que não se mudam as regras da língua escrita? Todo mundo sabe das diferenças assustadoras que existem entre a língua falada e a escrita... Por que não facilitamos nossa própria linguagem e expressão? Ah... whatever! Não sei de que adianta, também, ficar discutindo este assunto... let it be...
Por sinal, linda essa música onde a Natalie Merchant canta ‘Let the mistery be...’ Linda a voz dela, não? Talvez não só a voz, mas a emoçõ que vem dela... tem tanta gente de voz legal que canta sem passar nada, e com a Natalie sinto que isso quase nunca acontece... como se ela realmente vivesse e se entregasse ao que canta. Só consigo fazer isso de olhos fechados, prestando atenção total ao que sai pela minha boca em forma musicada. Incrível que tenha gente capaz de se expor assim, vivendo e exalando música, transpirando emoções, sentindo tudo aquilo em frente a milhares de pessoas que observam, algumas atônitas como eu.
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