longe
estar longe de tudo aquilo que a gente conhece, de tudo aquilo que a gente gosta, de todas as pessoas queridas, é assim... o coração vai apertando, apertando, apertando, diminuindo, se comprimindo, sentindo falta, até que isso tudo sai de dentro da gente, em forma de água, pelos olhos. segunda vez hoje, em duas semanas e meia, as aguinhas saindo dos meus olhos. o moço ficou bravo e eu não entendi nada. de verdade, mesmo. e bora chorar, que junto com as lágrimas vão-se embora todas as tristezas, as mágoas, as preocupações, o aperto no coração... ficam só as saudades, que essas não passam nunca, que eu já sei. eu sempre, sempre, sempre penso, em horas como agora, que amanhã é um outro dia, com mais sol, mais cor, mais oportunidades, mais vida. e, por mais longa que seja a noite, o dia sempre nasce, e o amanhã sempre traz novidades.
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e por falar em coisas tristes, eu sempre, sempre, sempre lembro do lins quando tou longe de casa e a saudade começa a apertar. ele é o amigo que gosta das músicas tristes. eu sou a amiga que gosta das músicas alegres. em épocas longe de casa, eu ouço as músicas do lins. e as acho lindas, apesar de tristes. belas na melancolia, no sentimento, no aperto do coração. saber curtir a tristeza é um dom, e nada como uma boa música pra isso. as músicas que tenho cantado, sozinha? olha uma aí, linda...
"Today I am
A small blue thing
Like a marble
Or an eye
With my knees against my mouth
I am perfectly round
I am watching you
I am cold against your skin
You are perfectly reflected
I am lost inside your pocket
I am lost against
Your fingers
I am falling down the stairs
I am skipping on the sidewalk
I am thrown against the sky
I am raining down in pieces
I am scattering like light
Scattering like light
Scattering like light
Today I am
A small blue thing
Made of china
Made of glass
I am cool and smooth and curious
I never blink
I am turning in your hand
Turning in your hand
Small blue thing"
(Suzanne Vega)
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