just like heaven

Tudo parece ousado àquele que a nada se atreve, por isso... atreva-se!

29 outubro 2005

da vida, do frio não tão frio, e da saudade

Poisentão. Não tenho escrito muito por aqui, eu sei. Não tenho escrito nada, aliás. É que não dá tempo. E, quando digo isso, quero dizer que, só pra dar conta de todos os trabalhos e deveres de casa e provas e quetais, uso pelo menos catorze horas do meu dia. 14. Se eu quiser também me manter em dia com a leitura obrigatória e algumas poucas atividades opcionais mas importantes (tipo entrevistas pra empregos), o número de horas do dia que vai pras atividades escolares sobe pra dezoito. Dormir? Às vezes dá pra dormir seis horas por noite. Normalmente quatro. Quando me sinto completamente morta e moída, deixo todas as leituras obrigatórias de lado e durmo oito horas. A comida vai sendo engolida e digerida enquanto estudo. O banho é tomado enquanto repasso as aulas e os pontos mais importantes das matérias e a lista de coisas por fazer. Meu lazer diário se resume aos vinte minutos de caminhada (dez pra ir pra facul, dez pra voltar) ao som das músicas maravilhosas que meu iPod toca. Meu prazer diário consiste em falar com o maridinho, às vezes por uma hora inteira, mas nesta semana que passou, apenas por dez minutos por dia porque pelo-amor-de-deus-preciso-terminar-todos-os-trabalhos-e-depois-dormir-por-pelo-menos-quatro-horas-socorro-alguém-me-ajude. E assim as semanas voam, enquanto me sinto esmagada pelos afazeres todos. Ôu mái.

E sobre o frio... Depois de duas semanas com temperaturas em torno de zero grau, afirmo que hoje tá calor. Doze graus é quentinho, eu juro! Aliás, dentro da minha casa sempre faz dezesseis graus e eu, que sempre achei dezesseis graus razão pra colocar pelo menos uma camiseta de manga comprida + blusa de lã ou casacão, hoje digo que dezesseis graus é uma temperatura muito boa e confortável. Eu passo o dia de short e camiseta em casa, e acho que está tudo tão quentinho aqui dentro! Quando vou pra aula e não tem vento, a falta de graus positivos não me incomoda. Quando tem vento, só sinto frio no nariz. É que descobri que zero grau não é tão frio assim. Especialmente quando eu saio da minha casa quentinha pra ir pra escola quentinha, passando só dez minutinhos no 'frio'. O aquecimento aqui é a melhor coisa que já inventaram em termos de inverno. Em Sampa faz MUITO mais frio que aqui. MUITO mais. Mesmo quando a temperatura mais baixa do ano é de dez graus. Dez graus com vento e dentro de casa é torturante. Especialmente quando a gente tenta sair de baixo das cobertas, ou de baixo do chuveiro. Aqui o inverno é mais frio, porém muito mais quentinho. E eu não posso reclamar :-) Pelo menos por enquanto. Ainda falta comprar botas e casaco pra quando o frio 'de verdade' chegar. É que em janeiro costuma fazer menos vinte graus, e acho que daí vou sentir um frio horrendo quando estiver fora de casa. Já me disseram que abaixo de -10° a gente não consegue ir andando pra aula e precisa pegar o ônibus. Já me disseram que tenho que comprar um ultramegacasaco, uma ultramegabota, um par de ultramegaluvas, um protetor de orelhas, e um ultramegagorro, tudo impermeável, resistente a vento, e forrado com peles ou penas. Já me disseram que, ao invés de luxo, isso é necessidade no inverno que vem vindo. Vou comprar também um daqueles protetores de rosto que não sei como se chamam. Daqueles que só deixam os olhos da gente descobertos, sabe? É que sinto frio no rosto, especialmente no nariz, e acho que, quando o inverno chegar, vou precisar estar muito bem coberta!

O que me incomoda aqui, como já deu pra perceber, não é o frio, mas o ritmo louco dos estudos. Me sinto cansada e esgotada, mas não só isso. Sinto também uma saudade imensurável do maridinho. E quando sequer tenho tempo pra falar com ele direito, meu coração vira uma uva passa de tão pequenino. Sinto uma vontade louca de ir correndo pra casa, pra poder descansar, dormir, e passar todo o tempo do mundo curtindo o meu querido. Sinto vontade de não desgrudar dele por um segundo sequer. Ai, saudades, saudades, saudades. Faltam dois meses, ainda, pro semestre acabar e eu poder ir pra casa, e queria tanto acordar amanhã e já estar nos braços do meu amado! Porque não existe no mundo outro alguém que me faça tão feliz. Não existe alguém que seja tão meigo, tão MarioAVilhoso, tão sensacional, tão especial, tão interessante, tão carinhoso, tão bonitinho, tão incrível, tão tão tão tudo de bom que existe no universo. E não existe nada que eu deseje mais do que estar grudada nele. Você viu que desenho mais fofo que ele fez de mim na neve? Você viu as coisas mais lindas que ele me escreve sempre? Você viu que saudade imensa que ele também sente de mim? Às vezes eu me impressiono com a coragem que tive pra vir pra tão longe dele, por um ano inteiro, sabendo do horror que é ficarmos separados. Eu quero estar muito muito muito muito muito mais pertinho. Sempre.

E assim acaba este post de parágrafos gigantes. Sem edição nenhuma, porque o tempo escasso não permite. Sem acentos, porque meu computer não está configurado pra tanto. Só pra mandar notícias, mesmo. So pra contar um pouquinho das coisas aqui. E pra pedir aos amigos que não se sintam abandonados só porque eu não tenho escrito. Eu morro de saudades de todos vocês, mas a correria aqui tá fogo. Pelo menos o frio não está tão ruim :-) E o outono, com as folhas verdes, amarelas, laranjas, vermelhas e vinho, é uma estação tão, mas tão bela, que dá vontade de levar pra casa! Beijinhos a todos :-*