A gente consegue imaginar as coisas muito rapidamente. Conheço o amigo de um amigo. Em menos de um minuto, só de olhar pra ele, já tenho uma idéia de quem ele seja. Quando ele finalmente fala algo, me surpreendo porque a voz não era aquela que eu imaginava que fosse, mas, tirando essa pequena surpresa, meu julgamento até que não se mostrou muito errado. Incrível isso de, inconscientemente, e a partir das poucas informações que possuímos de alguém desconhecido, analisarmos os dados à mão e formarmos uma idéia sobre aquela pessoa. Uma idéia de quem é aquele ser intelectualmente, emocionalmente, socialmente, fisicamente, culturalmente. Incrível como as pessoas são o que parecem ser, nessas horas. Costumo acertar em minhas conclusões iniciais, e muito.
O mais engraçado, entretanto, são aquelas pessoas que a gente conhece pela net. Apesar de eu ser muito boa em saber quem é quem depois de ter VISTO alguém, geralmente me engano MUITO quando tenho somente informações escritas, ao imaginar o resto do conjunto. Lembro de todos os choques que tive ao conhecer os amigos até então virtuais. Márcio, Estevão, Cris, Zig, MarioAV, Bravo, Mi, entre muitos outros, todos tão diferentes do que eu tinha imaginado inicialmente! Alguns muito mais novos, outros muito mais normais, outros ainda muito mais simpáticos, a maioria deles mais bacanas do que eu pensava. Ontem eu acertei, e fiquei muito, muito chocada. Sempre espero que as pessoas sejam muito diferentes do que a imagem que meu inconsciente forma delas, jamais parecidas, e muito menos iguais. Consegui fazer a abstração certa pela primeira vez, e fiquei desconcertada.