just like heaven

Tudo parece ousado àquele que a nada se atreve, por isso... atreva-se!

28 julho 2001

tenho sonhado com a minha casa. não dormindo, mas acordada. uma casa minha, só minha, com as minhas plantas e os meus gatos. com a minha cama e os meus móveis. e a minha música. eu sempre quis ter uma casa onde eu pudesse ouvir e sentir as minhas músicas. onde as paredes soubessem cantar. quando minha mãe não morava com a gente, na época em que eu conheci o musi, mais ou menos, as paredes lá de casa dançavam comigo. uma casa assim, eu quero. sonho. eu sempre quis um lugar assim, meu. não grande, não, mas aconchegante. gostoso. pra comer pipoca e ver filmes. pra ouvir música e sentir o cheiro. minha casa vai ser cheirosa. e cheia de livros e cds. não espalhados, mas arrumadinhos, que é assim que eu gosto. na verdade, gosto do processo em si, e não do resultado final. arrumar me dá prazer, porque parece que ao mesmo tempo em que organizo coisas, as idéias na minha mente tb vão tomando um rumo lógico... organizo coisas materiais pra arrumar coisas espirituais, pode ser? nem sei se faz sentido, mas funciono assim, fazer o que? e agora canto aquela outra música da tia marisa, que acaba com ‘hortelã, diariamente’. tomei chá aqui, outro dia, de hortelã, mas era tão ruim! na minha casa vai ter hortelã num vasinho, como tinha na casa da iaia quando a gente era menor, que é pra poder tirar umas folhinas e fazer chá com elas... o chá fica docinho e delicioso, mil vezes melhor que o de saquinho! e não é que saiu tudo isso num parágrafo só? obrigada, travis, pela inspiração. tou melancólica porque esfriou, talvez. ou porque, depois de tanto tempo, tou tendo um tempinho pra estar aqui, na frente do cirius. ou porque ‘sinto sua falta, não posso esperar tanto tempo assim, o nosso amor é novo...’ me sinto só. e acho que é por isso que sinto falta da música. ela significa e representa comunhão pra mim. algo maior e melhor que você respira dentro de ti. é a música. bela. que sempre me salvou em todas as mudanças que a vida traz e que a gente persegue. com unhas e dentes, e pernas e idéias. quero mudar, mas preciso da música perto de mim. e por isso vivo cantando. espantando os males quando preciso trabalhar e trabalhar e trabalhar.