Nossa... que saudades da época em que eu sabia escrever! Quando eu me preocupava com as coisas a serem escritas e a forma como elas iriam aparecer no papel. Quando discutia os grandes problemas do mundo de forma impressionante para uma menina de 16 anos. Quando dava opiniões concisas e sempre ‘perfeitas’. Quando a ordem, a métrica, o estilo, a gramática e a clareza importavam e se faziam valer. Quando eu tinha um estilo próprio, ao mesmo tempo gostoso de ler e discutir, bom pra se divertir, ótimo pra estdar. É... minha escrita por toda a adolescência aconteceu assim... e depois, como não era mais preciso fazer narrações, dissertações, poemas, poesias, estudos literários, monografias, discussões encima de um tema... essa escrita foi se perdendo... e hoje o melhor que consigo é escrever assim, como falo, como os pensamentos surgem, sem pensar, sem cuidar, sem nada... é tão fácil só apertar as teclinhas, sem precisar pensar em mais nada... e como flui melhor! A única coisa que sai um pouco mais caprichado são os trabalhos... mas aí ao invés de demorar dez minutos pra escrever uma página completa, acabo gastando uma hora, mais ou menos, justamente por causa do cuidado na escolha das palavras, na pontuação, na forma das frases, na clareza e objetividade dos parágrafos, do interrelacionamento destes dentro do texto... Meus trabalhos continuam caprichados. E não há quem os leia sem elogiar. Eles já não são mais tão interessantes, mas certamente são bem escritos. Mas como dão trabalho! (risos) Como é mais gostoso escrever assim, livre leve e solta! Mesmo que o texto não saia tão bom, e muitas vezes não diga nada com nada (como este), sendo só uma divagação... E fala que não é legal não se preocupar com parágrafos, e escrever só um texto enorme que nem esse, sem coerência nenhuma?
just like heaven
Tudo parece ousado àquele que a nada se atreve, por isso... atreva-se!
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